O senador Jaques Wagner (PT/BA) protocolou no Senado uma indicação ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, sugerindo que seja criada uma força-tarefa para tratar do impacto do vazamento de petróleo que atingiu a costa dos nove estados do Nordeste.
De acordo com a sugestão do senador, a força tarefa seria composta por, no mínimo, representantes da Casa Civil, que coordenaria o trabalho, Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, ICMBIO, Ministério de Minas e Energia, Petrobrás, Ministério da Justiça, Ministério da Defesa, Força Aérea, Marinha, Ministério da Saúde e Secretaria de Aquicultura e Pesca do MAPA, além de representantes dos Estados atingidos pelo vazamento.
[sc name=”adrotate”]
O senador e ex-governador da Bahia lembra que seu estado já decretou estado de emergência. Em Sergipe, a Justiça Federal determinou à União a colocação de boias de contenção para evitar a contaminação da foz de rios como o São Francisco e unidades de conservação.
Em sugestão de criação de uma força-tarefa para combater o vazamento de petróleo no Nordeste, @jaqueswagner critica ideologização “em declarações desencontradas de agentes do governo”https://t.co/095zuDdAlf
No vídeo, limpeza do óleo em Aracaju. Via movimento Sou Rio Vaza Barris pic.twitter.com/hjZLbksZYI— epbr (@epbr) October 16, 2019
CMA do Senado debate vazamento nesta quinta
Amanhã a Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado fará audiência pública para debater o combate ao vazamento de óleo. O requerimento de Fabiano Contarato (Rede/ES) convida representantes dos ministérios de Minas e Energia e Meio Ambiente.
Ibama alerta que boias de contenção podem não ser eficazes
A última atualização do Ibama sobre a dimensão do desastre, feita na noite desta terça-feira, 15, mostra que o óleo já chegou a 167 localidades em 72 municípios afetados. OS últimos pontos em que foi registrado aparecimento de óleo, também ontem, estão na Bahia e Sergipe, estados onde as manchas chegaram por último. mas nos últimos cinco dias há novos registros também em Alagoas e Ceará.
O Ibama afirma em nota que o uso de barreiras de contenção pode não alcançar a eficácia pretendida, já que o poluente que atinge o nordeste do país se concentra em camada sub-superficial e as manchas não são visualizadas em imagens de satélite, sobrevoos e monitoramentos com sensores para detecção de óleo.
A nota do Ibama diz ainda que esse tipo de barreira é mais eficaz em m correntes com velocidades de até um nó, mas a vazão dos rios é muito superior a essa capacidade. O órgão afirma, no entanto, ter requisitado os equipamentos à Petrobras.
“Mais de 200 metros de barreiras estão em Aracaju à disposição de instituições com capacidade operacional para realizar sua instalação e manutenção. O Ibama e a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) também elaboraram uma lista de locais a serem priorizados em ações de proteção”, diz a nota.
Nesta quarta-feira, a Petrobras afirmou ter recolhido mais de 200 toneladas de resíduos oleosos (mistura de óleo com areia) de pontos do litoral dos estados do Nordeste. A companhia mobilizou 1700 agentes ambientais para limpeza das áreas impactadas e mais de 50 empregados para planejamento e execução da resposta. Segundo a empresa, também foram acionados cinco Centros de Defesa Ambiental (CDA) e nove Centros de Resposta a Emergência.
[sc name=”newsletter”]