O Ibama retificou a licença de perfuração emitida para a Equinor perfurar poços exploratórios no projeto de Carcará, no bloco BM-S-8, no pré-sal da Bacia de Santos, e ampliou a licença para a perfuração de até cinco poços exploratórios e um teste de formação na área de Norte de Carcará, arrematada pela petroleira no 2o leilão do pré-sal, realizado em outubro do ano passado.
Com a retificação da licença, a empresa fica liberada para perfurar até 12 poços exploratórios na região do projeto de Carcará pelo prazo de quatro anos. A empresa tem prazo de 15 dias para apresentar o cronograma atualizado de perfuração de poços na região.
Em janeiro, a Equinor recebeu do Ibama licença ambiental para a perfuração de até sete poços na área do bloco exploratório BM-S-8. A licença também autorizava a realização de um teste de formação de curta duração em poço já existente. Em junho, A empresa iniciou o licenciamento ambiental de mais cinco poços na área de Norte de Carcará. A empresa está licenciou também a realização de um teste de formação de curta duração no projeto.
A campanha utilizará a base da Brasco, em Niterói, como apoio logístico.
A norueguesa adotou a mesma estratégia utilizada pela Shell para antecipar seu licenciamento nos projetos da partilha da produção antes mesmo de realizar sísmica na área. A Shell foi ao Ibama com seu projeto um dia após assinar os contratos de partilha da produção e está licenciando a perfuração de outros cinco poços no pré-sal, sendo dois no bloco Sul de Gato do Mato, na Bacia de Santos, e outros três no bloco Alto de Cabo Frio Oeste, Bacia de Santos. A Shell pretende iniciar as campanhas de perfuração em janeiro de 2019.
Esta é a primeira campanha de perfuração liberada para a Equinor em área do pré-sal. A empresa norueguesa comprou em 2016 a participação da Petrobras no projeto. Em outubro, logo após arrematar o bloco Norte de Carcará, o consórcio formado entre Statoil, ExxonMobil e Galp informou a reorganização uma nova reorganização societária no projeto.
A Equnior, que adquiriu a participação de 66% da Petrobras no BM-S-8 por US$ 2,5 bilhões, vendeu para a ExxonMobil metade dessa parcela por US$ 1,3 bilhão. Além disso, acertou a venda de 3,5% e 3%, respectivamente, da parcela de 10% que comprou da Queiroz Galvão E&P na área para a ExxonMobil e Galp, operação que movimentou mais US$ 250 milhões.