Projetos de carbono

Governo regulamenta uso de créditos de carbono em concessões florestais

Objetivo é garantir maior previsibilidade regulatória e viabilizar o desenvolvimento de projetos de REDD+

Sobrevoo na Floresta Nacional de Carajás, em Parauapebas (PA), na Amazônia Oriental (Foto TV Brasil)
Sobrevoo na Floresta Nacional de Carajás, em Parauapebas (PA), na Amazônia Oriental (Foto TV Brasil)

CAMPINAS — O governo federal publicou, nesta sexta-feira (17/10), no Diário Oficial da União, um decreto que permite a adoção de metodologias de créditos de carbono, inclusive, reconhecidas internacionalmente, em projetos de concessão florestal.

O objetivo é garantir maior previsibilidade regulatória e viabilizar o desenvolvimento de projetos de redução de emissões de desmatamento e degradação florestal (REDD+) em áreas concedidas.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a possibilidade de adoção de metodologias internacionalmente reconhecidas permitirá que os projetos de concessão florestais possam gerar créditos de carbono de forma mais rápida e estruturada.

Além disso, a receita proveniente de créditos pode complementar as fontes tradicionais ligadas à produção florestal.

De acordo com o MMA, a ação está alinhada aos compromissos assumidos pelo Brasil no no Acordo de Paris e nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que preveem zerar o desmatamento e restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030.

Confira o decreto na íntegra

Transição do MDL para Acordo de Paris

Na terça-feira (14/10), o MMA também publicou a portaria que estabelece os procedimentos de análise dos pedidos de transição de projetos e programas do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) para o Mecanismo de Crédito do Acordo de Paris (PACM).

O MDL, estabelecido pelo Protocolo de Quioto, permitia a implementação de projetos de redução de emissões em países em desenvolvimento como forma de comenpensar emissões de países desenvolvidos.

No Acordo de Paris, em 2015, foi estabelecido o PACM, mecanismo de cooperação voluntária para que os países possam atingir suas NDCs que substituir o MDL.

A transição permitirá que os projetos e os programas continuem emitindo créditos de carbono sob o novo mecanismo.

Para que isso aconteça, é necessário que o país onde a atividade de desenvolve expresse consentimento. Até o momento, 95 projetos e programas solicitaram essa transição no Brasil.

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