Economia circular

Governo institui sistema de logística reversa para embalagens de plástico

Decreto estabelece meta de reciclagem de 50% e reutilização de 40% das embalagens até 2040

Brasil despeja no mar cerca de 1,3 milhão de toneladas de lixo plástico por ano (Foto: Pixabay)
Brasil despeja no mar cerca de 1,3 milhão de toneladas de lixo plástico por ano (Foto: Pixabay)

BELO HORIZONTE — O governo publicou nesta terça-feira (21/10), no Diário Oficial da União, o decreto que institui o Sistema de Logística Reversa de Embalagens de Plástico, alinhado à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Confira o decreto na íntegra.

O documento estabelece normas e critérios para estruturação, implementação e operacionalização de embalagens plásticas por fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. 

Além disso, o sistema prioriza as cooperativas, as associações e outras formas de organização popular de catadoras e catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nessas etapas.

O texto determina metas para reutilização dos produtos e reintrodução dos conteúdos reciclados em novas embalagens a partir de 2026, quando será preciso coletar e reciclar 32% das embalagens.

A meta aumentará progressivamente a cada ano, até 2040, quando alcança 50%. Já a meta de reutilização para 2026 é de 22%, e chegará a 40% em 2040.

O decreto inclui embalagens:

  • Primárias: que entram em contato direto com o produto;
  • Secundárias: reúnem as unidades já embaladas para a comercialização;
  • Terciárias: utilizadas no transporte e na distribuição;
  • Além de produtos plásticos descartáveis, como pratos, copos e talheres.

O texto estimula, ainda, a participação dos consumidores no descarte das embalagens plásticas, assim como ações de comunicação e de educação ambiental.

Segundo o secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Adalberto Maluf, a medida reforça o compromisso do governo brasileiro no combate à poluição por plástico e representa um passo decisivo para o fortalecimento da economia circular

“O decreto estimula o retorno das embalagens plásticas ao ciclo produtivo, gerando empregos verdes, inclusão socioprodutiva de catadoras e catadores de materiais recicláveis, preservação dos recursos naturais e redução descarte do inadequado, reduzindo a poluição do solo, das águas e os impactos na biodiversidade marinha”, disse o secretário, em nota.

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