A Delta Tankers negou qualquer responsabilidade pelo vazamento no Nordeste de petróleo que atinge a costa do Nordeste. A empresa da Grécia, proprietária do suezmax Bouboulina, afirmou à AFP que o navio cumpriu, sem incidentes, o transporte de óleo venezuelano para a Malásia.
A partir de dados de consultorias, a investigação que envolveu a Marinha do Brasil, Polícia Federal e o Ministério Público Federal conclui que o Bouboulina é o principal suspeito de ser a fonte do óleo. Dados de navegação indicam que o navio carregou óleo na Venezuela em meados de julho.
A PF deflagrou na semana passada a operação Mácula, para cumprir mandados de busca e apreensão em escritórios no Brasil.
“Não há nenhuma prova de que o barco parou, realizou nenhum tipo de operação STS, sofrera algum escape, freara ou desviara de sua rota, da Venezuela até Malaca, na Malásia”, informou a empresa em nota ao O Globo. STS são as operações de transferência de óleo entre embarcações (ship-to-ship).
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A epbr consultou os dados de navegação do Bouboulina no Marine Traffic. Em 18 de julho, ele deixa a Venezuela e faz a passagem pela costa Leste da América do Sul, entre 18 e 30 de julho, depois segue pelo Oeste da África na rota em direção à Asia.
Entre os dias 3 e 13 de setembro, a embarcação ancorou na costa da Malásia. Em seguida, cruzou o Estreito de Malaca, para Cingapura, e permaneceu cerca de um dia na região identificada como Arquipélago de Riau, de acordo com dados da localização por satélite. Depois retornou para o Oeste da África.
Veja o mapa e a planilha com os dados do Bouboulina.
O óleo começa a chegar na costa do Nordeste em 29 de agosto, cerca de um mês após a passagem do navio pela região. Dois meses após as primeiras ocorrências, continua se espalhando. Os pontos mais ao Sul identificados pelo Ibama são a Praia do Pontal (Itacaré) e Mucuri, na Bahia. Dados desta segunda (4).
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