Economia irá remanejar R$ 60 milhões para Meio Ambiente

Brigadistas do Prevfogo/Ibama participam de operação conjunta para combater incêndios na Amazônia

 

Foto: Vinícius Mendonça/Ibama
Brigadistas do Prevfogo/Ibama participam de operação conjunta para combater incêndios na Amazônia Foto: Vinícius Mendonça/Ibama

BRASÍLIA – O Ministério da Economia informou nesta sexta (23) que irá remanejar R$ 60 milhões do seu limite de pagamento para o Ministério de Meio Ambiente. De acordo com a pasta, será publicada uma portaria no Diário Oficial da União para concretizar a operação.

A transferência foi antecipada mais cedo pelo ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, pelas redes sociais, em agradecimento ao ministro Paulo Guedes.

A liberação ocorre após a suspensão do trabalho de combate à incêndios em todo o Brasil.

O Ibama, responsável pela atuação em queimadas como as do Pantanal, afirmou que a interrupção das atividades foi resultado de “exaustão de recursos” e frisou que o órgão enfrenta dificuldade de recursos desde setembro por falta de liberação de verbas pelo Tesouro Nacional.

“Para a manutenção de suas atividades, o Ibama tem recorrido a créditos especiais, fundos e emendas. Mesmo assim, já contabiliza 19 milhões de pagamentos atrasados, o que afeta todas as diretorias e ações do instituto, inclusive, as do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais)”, disse em nota.

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As atividades do Ibama e dos brigadistas do órgão foram retomadas nesta sexta após repasse de R$ 16 milhões da Economia ao MMA já na última quinta (22).

O recurso foi destinado ao Ibama e ao Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), que também atua no combate aos incêndios florestais.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram um aumento de 25% no número de queimadas na floresta amazônica entre janeiro e setembro, comparado ao mesmo período do ano passado. O número de registro de focos de incêndio no local foi o maior em dez anos.

A situação é mais crítica no Pantanal. A região registrou o maior número de focos de incêndio desde quando os dados começaram a ser contabilizados, em 1998. O aumento em relação ao período do ano passado é de cerca de 217%, ainda segundo o Instituto.

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