A CGG iniciou o licenciamento de uma campanha de aquisição não exclusiva de dados sísmicos 3D, com Nodes, na área do campo de Peroba, no pré-sal da Bacia de Santos. A empresa pretende iniciar a aquisição dos dados em março do próximo anos e a campanha, que será adquirida pela Petrobras no seu término, deve durar 200 dias.
O bloco de Peroba foi arrematado pelo consórcio Petrobras (40%), CNODC (20%) e BP Energy no 3o leilão do pré-sal, realizado em outubro do ano passado. O consórcio ofereceu 76,96% de excedente em óleo para a União para ficar com a área, que foi disputada também por outros dois consórcios: Statoil/ExxonMobil e Shell/CNOOC.
Peroba localiza-se em lâminas d’água de cerca de 2,1 mil metros e a cerca de 300 km ao sul da cidade do Rio de Janeiro.
O bloco de Peroba fez parte das áreas iniciais da cessão onerosa da Bacia de Santos. O contrato assinado entre a União e a Petrobras previa que a area fosse contingente. Uma nota técnica feita pela Câmara dos Deputados, com base em relatórios da ANP e que ajudou a basear a aprovação do projeto da cessão onerosa na Câmara dos Deputados, previa que o volume de óleo original in situ para Peroba variaria entre 0,81 bilhão de barris (estimativa baixa) e 3,37 bilhões de barris (estimativa alta), sendo a melhor estimativa de 1,85 bilhão de barris.
Segundo o relatório da consultoria GCA, com base na extensão da sua área, Peroba necessitaria de dois FPSOs com capacidade de 50 mil barris por dia ligados a nove poços de produção e nove poços de injeção, para recuperar a melhor estimativa de recursos de 364 milhões de barris, a uma vazão inicial de 14,5 mil barris de óleo por dia por poço. O valor presente líquido, sem risco, a uma taxa de desconto de 10%, para o caso de sucesso de recursos prospectivos, é de US$ 2,511 bilhões (melhor caso), equivalentes a US$ 6,60 por barril.