Fundo climático

Brasil receberá US$ 247 milhões para restauração florestal e soluções baseadas na natureza

Recursos serão destinados à Amazônia e ao Cerrado, com foco em restauração florestal e fortalecimento de comunidades rurais

Floresta de sequoias fotografada de baixo para cima (Foto:Simi Luft/Pixabay)
Floresta de sequoias (Foto Simi Luft/Pixabay)

JUIZ DE FORA — O Brasil terá 247 milhões de dólares em investimentos para projetos de restauração florestal e ampliação de soluções baseadas na natureza (NBS, na sigla em inglês), com foco na Amazônia e no Cerrado. O Plano de Investimento do Programa Natureza, Povos e Clima (NPC), dos Fundos de Investimento Climático (CIF), foi aprovado na quinta-feira (27/2) durante reunião do Comitê do Fundo, segundo o Ministério da Fazenda (MF).

O montante inclui 47 milhões de dólares em recursos do CIF, US$ 100 milhões do Fundo Clima, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e US$ 100 milhões do Banco Mundial, destinados ao setor privado. Veja a íntegra do plano de investimento (.pdf), em inglês.

O programa busca combater as mudanças climáticas por meio da restauração de ecossistemas e do fortalecimento da resiliência de comunidades rurais, de acordo com nota do MF.

“Com um orçamento global de US$ 400 milhões, o programa reconhece a interdependência entre o uso da terra, a crise climática e os meios de subsistência das comunidades, incentivando países a implementarem projetos que combinam mitigação e adaptação de forma integrada”, informou.

O montante prevê a restauração de 54 mil hectares de florestas e uma redução de até 7,75 milhões de toneladas de CO2, além da geração de até 21 mil empregos diretos e indiretos.

Para o subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda, Ivan Oliveira, o plano de investimento será importante para o avanço da restauração florestal no Brasil.

“A restauração de ecossistemas degradados é uma das estratégias fundamentais para enfrentarmos a crise climática e fortalecer a resiliência dos territórios e das comunidades. Com esse plano, estamos viabilizando um modelo inovador de financiamento, que reduz o custo do capital, aumenta a escala e incentiva o setor privado a atuar como protagonista na recuperação ambiental do país”, destacou.

A elaboração do NPC Brasil foi coordenada pela Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, com liderança técnica do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), afirma o ministério. Participaram também o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), BNDES, Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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