BRASÍLIA – A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) publicou o inventário de gases de efeito estufa do setor. O documento (veja na íntegra .pdf) foi apresentado nesta terça (13), durante reunião ministerial dos BRICS sobre transportes.
O inventário setorial, faz o levantamento, além do dióxido de carbono, de outros gases de efeito estufa, como, o óxido nitroso e o metano. Também mostra as emissões por categoria de embarcação e tipo de produto transportado.
Segundo o inventário setorial, o total de emissões de carbono diminuiu 7,68% entre 2021 e 2023 na cabotagem e na navegação interior. Em 2021, essas modalidades de navegação apresentaram emissões de carbono que equivalem a 2,99 milhões de toneladas. A quantidade caiu para 2,76 milhões de toneladas de carbono em 2023.
A Antaq assinou uma declaração conjunta com os BRICS com compromissos que visam fortalecer a cooperação. Um dos temas destacados como prioridade da declaração é a descarbonização dos portos e do transporte marítimo.
A declaração concentrou seis eixos prioritários: infraestrutura de transportes sustentável e resiliente; descarbonização de portos e do transporte marítimo; combustíveis sustentáveis para a aviação; conectividade aérea; mobilidade urbana sustentável; e a proposta de criação de uma Aliança Internacional de Logística do BRICS.
Junto com o inventário das emissões, a Antaq publicou um guia de descarbonização do setor aquaviário, com conceitos e ações necessárias para promover um modelo de baixo carbono.
O documento leva em consideração as diretrizes da Organização Marítima Internacional (IMO) e com os compromissos globais e nacionais de redução das emissões.
Também foi disponibilizado um painel dinâmico, que permite avaliar, de forma segmentada, mo tipo de carga transportada, o tipo de navio e outros parâmetros.
Maior uso de biocombustíveis
Os países do Brics reforçaram o compromisso com combustíveis alternativos no transporte, destacando sua importância na transição energética, sempre respeitando as circunstâncias nacionais de cada país, como mostrou a eixos nesta quinta (15/5).
Durante a 2ª Reunião Ministerial de Transportes do grupo, foi enfatizada a necessidade de veículos com baixa emissão de carbono e da mobilidade verde. Foram discutidas políticas para desenvolvimento de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) e redução das emissões no setor marítimo.
O documento reforça a necessidade da transferência de tecnologia de nações desenvolvidas para países em desenvolvimento e critica medidas restritivas que dificultam o acesso a tecnologias limpas.