A BR DIstribuidora anunciou que vai retomar imediatamente o Programa de Desligamento Optativo, mantendo os prazos e regras nele previsto. A empresa conseguiu derrubar na Justiça a liminar que impedia o andamento do programa concedida pela 67ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, a pedido do SITRAMICO-RJ.
“A companhia ressalta que continuará acompanhando todas as demandas judiciais que discutam o referido programa e tomará todas as providências cabíveis pelos meios legais e éticos com o objetivo de assegurar os direitos dos funcionários que optaram pelo PDO, conforme sua opção livre e individual e dentro de seus planos pessoais futuros. O referido programa será reaberto de imediato”, afirmou em nota.
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O Programa de Desligamento Optativo foi lançado no começo do mês e prevê custo de implementação de R$ 780 milhões, com uma redução total de custo também estimada em cerca de R$ 650 milhões por ano. As adesões estavam previstas do dia 12 a 19 de novembro para todos os empregados da companhia, com desligamentos previstos para acontecerem no dia 10 de dezembro.
Funcionários da BR Distribuidora relataram para a Folha de São Paulo que sofrem pressão para aderir ao programa de demissão. Segundo eles, a empresa afirma que os funcionários hoje ganham mais que a média do mercado e que quem decidir ficar poderá ser demitido ou ter remuneração reduzida.
Na última semana, em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da BR Distribuidora, Rafael Grisolia, defendeu que o plano de demissão voluntária lançado na companhia é uma saída para não demitir funcionários, agora que a empresa deixou de ser controlada pela Petrobras.
“(…) A empresa tem mais pessoas do que precisa para tocá-la, na comparação com outras, e que nosso salário médio é maior. (…) Não tem sangria desatada, mas a gente precisa fazer. O PDO é importante. Quem aderir leva no mínimo o piso de oito salários, além de todas as verbas indenizatórias e extensão de benefícios”, afirmou.
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