Selo Verde

Governo seleciona indústria química para projeto-piloto de certificação sustentável

Sete produtos químicos entram em projeto-piloto do Selo Verde Brasil e certificação deve sair até novembro de 2025

Planta multifuncional de PolyTHF. Segunda maior unidade Verbund da Basf, na Antuérpia, na Bélgica (Foto Divulgação)
Planta multifuncional de PolyTHF da Basf (Foto Divulgação)

O programa Selo Verde Brasil definiu na terça-feira (8/4) os primeiros produtos que receberão a certificação de sustentabilidade. Sete itens da indústria química foram incluídos no projetos-pilotos, junto com café torrado e chapas laminadas — escolhidos pela baixa pegada de carbono.

A iniciativa, coordenada pela secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (SEV/MDIC), visa facilitar o acesso a mercados internacionais e promover compras públicas sustentáveis, segundo a pasta.

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) propôs a inclusão de solventes, ácidos graxos e derivados de eteno verde na fase inicial.

Os produtos químicos selecionados para o projetos-pilotos da certificação abrangem duas categorias principais. Na área de oleoquímicos, foram incluídos solventes do tipo augeo, ácidos e álcoois graxos, além de polióis de origem vegetal. Já no segmento alcoolquímico, o programa certificará eteno verde, polietileno verde e álcool/acetato isoamílico.

Esses itens representam rotas produtivas estratégicas para a indústria química nacional e foram indicados pela representante do setor por seu potencial de redução de emissões, de acordo com o MDIC. A seleção priorizou matérias-primas renováveis e processos com menor impacto ambiental, alinhando-se aos objetivos de descarbonização setorial.

O selo ajudará a acessar novos mercados, superar barreiras não tarifárias e acelerar a descarbonização da produção, afirmou Lucas Ramalho, diretor de Novas Economias do ministério.

A ABNT terá oito meses para desenvolver as normas técnicas e a previsão é que os primeiros certificados sejam emitidos até novembro de 2025.

O programa, criado em 2024, integra a política de bioeconomia da Nova Indústria Brasil e busca alinhar padrões nacionais aos internacionais. A adesão é voluntária.

“O Selo Verde Brasil será concedido em consonância com os padrões nacionais e internacionais, assegurando a reciprocidade, a cooperação regulatória e o reconhecimento mútuo com os demais países, além de ser compatível com os demais instrumentos de fomento à transição energética, ecológica e economia sustentável nacionais, como a NIB, o Plano de Transformação Ecológica, a Taxonomia Sustentável, entre outros”, disse o MDIC em nota.

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