O governo pretende buscar parceiros privados para a mineração de urânio e estuda uma parceria com a Argentina para produção de combustível nuclear e colocar o Brasil na lista de países exportadores de combustível nuclear.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a busca de um modelo para viabilizar a retomada da exploração de urânio no Norte do país é o primeiro passo na proposta do governo de tornar as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) uma empresa auto suficiente.
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Em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), nesta sexta (5), focada no setor nuclear, o ministro afirmou que o governo deve apresentar nos próximos meses um grupo de medidas que serão tomadas para viabilizar novamente a mineração do insumo, interrompida há cerca de cinco anos.
A parceria com a Argentina viria em um segundo momento e funcionaria com a exportação do urânio pelo Brasil para o enriquecimento nos reatores multipropósitos argentinos. De acordo com o ministro, as conversas com os vizinhos está avançada e a parceria será incluída dentro de um acordo de cooperação já existente. “Já exportamos combustível para lá no passado e queremos exportar novamente”, disse Albuquerque.
“Hoje a INB perdeu ou está perdendo sua capacidade de investimentos”, disse o ministro. Por ser uma empresa dependente (do governo) e pelas contas públicas estarem como estão, é impossível haver aporte de recursos para a empresa atender à necessidade total de Angra 1 e Angra 2. Mas há planejamento que permita que ela forneça todo o combustível, disse em entrevista coletiva após a palestra.