O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, encerrou nesta quinta-feira apresentação da agenda do ministério para associações de energia e apresentou 10 ações que serão guiadas pasta durante o ano. O ministro ouviu a demanda de cerca de 50 associações nos últimos dias.
Agora, um plano de trabalho será desenvolvido com cronograma para tratar de cada um dos temas apresentados.
Veja abaixo a agenda do MME:
Setor Elétrico: Risco Hidrológico
Solução conjuntural:
- Governo vai apoiar dispositivos sobre GSF que constam no Projeto de Lei nº 10.985, de 2018
- Busca de solução em até 30 dias após o início do ano legislativo.
Solução estrutural:
- Reavaliação das Garantias Físicas
- Reflexão sobre o papel a ser desempenhado pelo Mecanismo de Realocação de Energia – MRE
Setor Elétrico: Itaipu
Em 2023 o Brasil precisará renegociar com o Paraguai as bases financeiras do Tratado de Itaipu, o Anexo C, que afetam o preço a que essa energia é comercializada no País:
- Quantidade de energia gerada por Itaipu com a qual o País poderá contar
- Melhor forma de comercialização e precificação da energia
- Avaliar medidas complementares que preserve a contratação plena do mercado das distribuidoras num horizonte em que ainda é possível incentivar a expansão da geração
Setor Elétrico: Angra 3
A entrada em operação comercial de Angra 3 é prevista em janeiro de 2026 no planejamento do setor de energia – PDE 2027
- Angra 3 é considerada relevante e benéfica para a operação do Sistema Interligado Nacional
- Angra 3 é um dos três pilares da Política Nuclear Brasileira Constituição de estrutura de governança sob coordenação do PPI para:
- Definição do melhor modelo de parceria com privado com lançamento de edital em junho de 2019
- Avaliação de viabilidade de captura de benefício da competição para modicidade tarifária
- Definição de diretrizes para estudos e implementação do modelo
- Estabelecimento do cronograma com acompanhamento de marcos intermediários
Modernização do Setor Elétrico
Objetivos:
- Identificar lacunas e garantir a efetividade das medidas da CP 33
- Preservar a financiabilidade dos projetos e a expansão do setor
Necessidade de enxergar “o todo”:
- Formação de preço por oferta e demanda versus otimização operativa
- Abertura do mercado • Reflexão sobre separação de lastro de energia e de potência
- Tarifa binômia e papel da Geração Distribuída
Encargos setoriais e subsídios no Setor Elétrico
Realidade de preços como forma de reduzir assimetrias de informação, aumentar a competição no setor e reduzir ineficiências
- Continuar dotando os encargos setoriais de transparência, eficiência e focalização
- Reflexão sobre a pertinência de manutenção de subsídios para a migração de consumidores para o mercado livre como forma de incentivar as fontes renováveis
Ações transversais no Setor Elétrico
- Aumento da integração entre setores elétrico e energético
- Aperfeiçoamento da interface entre meio ambiente e os recursos elétricos, energéticos e minerais
BIOCOMBUSTÍVEIS
- Continuidade da implantação do RenovaBio, promovendo segurança no abastecimento com sustentabilidade e preços competitivos
- Ampliação gradual e competitiva do percentual de mistura do Biodiesel (B10 a B15)
GÁS NATURAL
- Apoio às medidas legislativas e regulatórias necessárias para abertura do mercado, atraindo investimentos e aumentando a competição
- Desenvolvimento sinérgico do Setor de Gás com o de Energia Elétrica
EXPLORAÇÃO & PRODUÇÃO
- Realização do leilão dos excedentes da Cessão Onerosa em 2019
- Calendário plurianual garantindo a continuidade dos leilões de áreas exploratórias
- Ampliação da competência do Conselho Nacional de Política Energética, na definição dos regimes de exploração nas áreas de Pré-Sal
REFINO E DERIVADOS DE PETRÓLEO
- Atração de investimentos para criar competição no refino e logística
- Avaliação de alternativas para equalizar preços de GLP
- Combate à sonegação e à adulteração de combustíveis