JUIZ DE FORA — O programa Gás do Povo registrou a retirada do benefício por 248 mil famílias até 14 de dezembro, dentro da meta inicial de alcançar um milhão de famílias em dez capitais até o fim do ano, informou o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), durante a última reunião ministerial de 2025, nesta quarta (17/12). Assista na íntegra acima.
“O programa que começou a rodar agora em novembro, com a meta de alcançar agora um milhão de famílias em dez capitais, 248 mil já retiraram o gás até dia 14”, afirmou o ministro.
Segundo Costa, parte das famílias habilitadas ainda não retirou o benefício porque ainda aguarda o botijão de GLP (gás liquefeito de petróleo) atual se esgotar.
“As outras famílias pretendem retirar o seu gás assim que o gás acabar”, disse, acrescentando que o programa está sendo monitorado nos estados.
A fase piloto do programa prevê beneficiar até um milhão de famílias em dez capitais, incluindo Salvador (BA), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Belém (PA), Recife (PE), Teresina (PI), Natal (RN), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP).
A expectativa do governo é que o Gás do Povo seja expandido para além das capitais a partir de janeiro e alcance cobertura nacional até março.
“Mais de 15 milhões de famílias serão alcançadas em março por esse programa”, afirmou Rui costa.
Luz do Povo
Na reunião, Rui Costa também apresentou dados do Luz do Povo, programa de subsídio à conta de energia elétrica.
Segundo o ministro, a iniciativa já isenta consumidores de baixa renda inscritos no Bolsa Família que consomem até 80 kWh por mês e alcança 60 milhões de brasileiros.
A partir de janeiro, o programa entra em uma nova etapa, com desconto na conta de luz para famílias com renda entre meio e um salário mínimo por pessoa.
“Agora, em janeiro, começa um outro benefício para alcançar quem ganha de meio a um salário mínimo per capita, que alcança, portanto, mais 18 milhões de brasileiros”, disse.
O custo da medida está estimado em R$ 10,4 bilhões em 2026, valor que será integralmente financiado pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Nesse contexto, a proposta de orçamento da CDE para 2026 soma R$ 52,7 bilhões, sinalizando novo aumento dos encargos setoriais, impulsionado pela ampliação da tarifa social e pelo maior peso dos subsídios à geração distribuída.
Apesar da redução de alguns subsídios — como o Luz para Todos, que terá orçamento 33% menor —, o avanço da CDE segue pressionando as tarifas. Em 2025, o efeito médio da alta tarifária está projetado em 7%, acima do IGP-M (1,03%) e do IPCA (4,68%) em 12 meses.
Durante a apresentação, o chefe da Casa Civil também reiterou medidas na área tributária, como a isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil, desconto para salários de até R$ 7.350 e taxação de super-ricos, incluídas no pacote de políticas sociais apresentado na reunião.