A Excelerate anunciou que fechou as negociações com a Petrobras para o arrendamento do Terminal de GNL da Bahia. A empresa vai instalar uma das suas unidades flutuantes de armazenamento e regaseificação (FSRU) para serviço no terminal.
“Entendemos que aumentar o acesso ao fornecimento flexível de GNL é fundamental para estabilizar o sistema de energia brasileiro, especialmente durante eventos climáticos adversos, como a atual crise hídrica severa”, afirmou Steven Kobos, presidente e diretor executivo da Excelerate.
A ANP autorizou nesta quarta-feira (25/8) a Excelerate Energy a importar até 30 milhões de m³/dia de gás natural regaseificado até agosto de 2023.
A empresa pretende começar a importar gás no próximo dia 15 de setembro e já indica o Terminal de GNL da Bahia como ponto de entrega.
A Excelerate ofereceu pouco mais de R$ 3 milhões de pagamento mensal pelo arrendamento. Foi a única a participar da reabertura da concorrência.
Recentemente, a Petrobras anunciou a validade da nova proposta da Excelerate na licitação que prevê o arrendamento do Terminal de GNL. A empresa refez a proposta depois que a inclusão de uma condicionantes na proposta comercial havia levado à desclassificação da oferta.
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Novos supridores de gás
A Excelerate indica, como mercado potencial para o GNL que vai importar, distribuidoras e demais consumidores conectados à malha de transporte brasileira, primariamente nas regiões Nordeste e Sudeste.
A Petrobras decidiu interromper negociações para renovar os contratos de suprimento de gás natural a partir de 2022 com distribuidoras do Nordeste e direcionar sua atuação para o mercado livre, de grandes consumidores.
Distribuidoras da região estão fechando acordos com novos supridores, por meio de chamadas públicas – mesmo movimento que ocorre no Centro-Sul. A Petrobras justifica também que o arrendamento do terminal de GNL da Bahia, em curso, abrirá nova oportunidade de fornecimento de gás na região.
Excelerate é uma das 11 empresas que estão concorrendo na chamada pública da Algás, Bahiagás e PBGÁS. Até o próximo dia 31 as distribuidoras vão indicar as empresas que passarão para a segunda etapa da chamada pública.
Também estão na disputa Compass, Ebrasil, Equinor, Galp, GasBridge, New Fortress Energy, Origem, Petrobras, Petroreconcavo e Shell.
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Primeiro supridor privado
Nesta terça, a Shell se tornou a primeira supridora privada de gás natural para uma distribuidora no país. Fechou contrato para fornecer para a Copergás 750 mil m³/dia a partir de janeiro de 2022 e 1 milhão de m³/dia, em 2023. Vai usar gás doméstico e GNL para atender ao contrato.
“Ao mesmo tempo aumenta o número de potenciais supridores no mercado brasileiro e ajuda a reforçar a segurança energética do país com mais gás natural, um importante combustível de transição, e viabiliza o suprimento de gás desde o pré-sal até o estado de Pernambuco,” afirmou André Araujo, presidente da Shell Brasil.
“Pernambuco conta com um parque industrial diversificado e em crescimento, e para diversos setores, o gás natural é um insumo estratégico,” acrescentou.
A Potiguar E&P, empresa do Grupo PetroRecôncavo, deve se tornar a segunda supridora privada do país, com um contrato de dois anos com a Potigás. A empresa vai entregar 236 mil m3/dia de gás natural a partir de janeiro de 2022.
O acesso à UPGN da Petrobras em Guamaré, também previsto para janeiro de 2022, é fundamental para o serviço sair. A partir da UPGN, o gás precisa ser transportado pela malha da TAG, comprada em 2019 pela Engie e pelo fundo CDPQ.
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