Aproximação com os EUA, recado de Macron, as secretarias de Guedes e a disputa pelo nome para o MME, nesta quinta-feira (29).
1. Jair Bolsonaro recebeu em sua casa, no Rio de Janeiro, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, o diretor do conselho para assuntos do Hemisfério Ocidental, Mauricio Claver-Carone; o diretor para o Brasil, David Schnier, e o encarregado de negócios, Bill Popp. Após o encontro com a comitiva da Casa Branca, Bolton reafirmou o convite à Bolsonaro para visitar os EUA.
2. Na Argentina, para o encontro de cúpula do G20, o presidente francês, Emmanuel Macron afirmou que a saída do Brasil do Acordo de Paris – como fez Donald Trump com os EUA – prejudicará a assinatura de um acordo comercial entra França e Mercosul. Macron afirmou que “disse, claramente, que da parte francesa, não sou favorável a que se assinem acordos comerciais amplos com potências que não respeitam o Acordo de Paris e que assim anunciaram”.
3. Paulo Guedes confirmou que o Ministério da Economia terá seis secretarias, que incorporarão funções dos ministérios que estão sendo fundidos na sua nova pasta, além de atribuições de outras áreas, como os caso da Apex, do Ministério de Relações Exteriores.
A Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais sob comando de Marcos Troyjo, que era conselheiro de Guedes. Salim Mattar, sócio e presidente da empresa Localiza, será o secretário de Desestatização.
Temas da Previdência e Receita serão coordenados por Marcos Cintra, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos. Os nomes para as outras três secretarias especiais – Fazenda, Planejamento e Produtividade – ainda não foram definidos pelo economista.
4. O Valor publicou que a escolha para o Ministério de Minas e Energia divide o grupo militar, liderado por Hamilton Mourão, a equipe econômica de Guedes, provocando uma disputa pela escolha de Paulo Pedrosa e Luciano de Castro.
Os militares liderados defendem a indicação de Paulo Pedrosa, que já teve sua passagem pelo MME de Temer e é um nome testado em setores do mercado. A futura equipe econômica teria a preferência por Luciano Castro, economista que já está dentro do MME tocando a transição entre os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro.
Segundo a matéria, Adriano Pires, do CBIE é defendido por políticos do MDB e do DEM. O jornal destaca que há a possibilidade de outro nome correr surgir e agradar o presidente eleito, como já ocorreu antes.