O juiz federal Sergio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava Jato, aceitou nesta quinta-feira (1º) o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro e será o ministro da Justiça. O anúncio foi feito por Moro, em nota. “Após reunião pessoal, na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite”,afirmou.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, confirmou o nome de Moro no ministério. “Sua agenda anticorrupção, anticrime organizado, bem como o respeito à Constituição e às leis será o nosso norte”, escreveu o presidente eleito. Em suas redes sociais, Bolsonaro anunciou a fusão das pastas da Justiça e da Segurança Pública.
A primeira reunião entre o presidente Michel Temer e o presidente eleito Jair Bolsonaro está marcada para a próxima quarta-feira (7), no Palácio do Planalto. O encontro representa a continuidade do processo de transição entre os dois governos iniciado ontem (31), quando o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, recebeu os primeiros 22 nomes da equipe de transição da parte de Bolsonaro.
1 – Bolsonaro anunciou que o juiz Sérgio Moro será o ministro da Justiça e Segurança Pública do seu governo pelo Twitter. Em entrevista coletiva, O presidente eleito disse que o juiz Sérgio Moro terá “total liberdade” e “meios” para escolher sua equipe, inclusive o nome para comandar a Polícia Federal. Segundo ele, Moro participará do governo de transição, mas antes vai tirar férias.
O juiz federal Sérgio Moro aceitou nosso convite para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sua agenda anti-corrupção, anti-crime organizado, bem como respeito à Constituição e às leis será o nosso norte!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 1 de novembro de 2018
2 – O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Luis Alberto Castiglioni, garantiu hoje que o Mercosul, bloco que reune Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (que está suspensa temporariamente), vai continuar seu caminho de fortalecimento e não acredita que haverá um retrocesso no seu processo de integração, mesmo depois de o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, indicar que o bloco é supervalorizado. O futuro ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, também afirmou recentemente que o Mercosul não é prioridade.
3 – O presidente eleito afirmou que pode voltar atrás na decisão de fundir os ministérios do Meio Ambiente e Agricultura. A decisão gerou críticas dos atuais dois comandantes das pastas e também de ambientalistas e ruralistas. “Quem vai decidir o ministro sou eu”, disse.
4 – O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (Mctic), Gilberto Kassab, se manifestou contrário à possibilidade de uma eventual extinção da Telebras, proposta que está sendo discutida pela equipe de governo do futuro presidente, Jair Bolsonaro.
5 – Gilberto Kassab manifestou otimismo com a possibilidade de o futuro governo transferir para a pasta hoje sob sua responsabilidade a atribuição de cuidar do ensino superior.
6 – Jair Bolsonaro, incluiu pela primeira vez o Ministério da Defesa entre os três superminstérios de seu futuro governo – os dois outros dois são o da Justiça e o da Economia. “A Defesa é um outro superministério. As Forças Armadas vão sim fazer parte da política nacional. Não vão ser relegadas como nos governos de Fernando Henrique e do PT”, anunciou, em entrevista coletiva para emissoras de televisão.
7 – Indicado para assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia a partir de 1º de janeiro de 2019, o tenente-coronel da reserva, Marcos Pontes, comparou o convite que recebeu do presidente eleito Jair Bolsonaro a uma “grande missão”. Primeiro astronauta do Brasil, Pontes garantiu estar acostumado com tarefas “difíceis”.
8 – O plano para reforma da previdência apresentado pelos economistas Armínio Fraga, ex-presidente do BC no governo Fernando Henrique Cardoso, e Paulo Tafner, especialista em previdência social, ao futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes. O documento, que promete uma economia de R$ 1,3 trilhão em 10 anos, retira da Constituição os benefícios previdenciários, unifica os principais regimes previdenciários (INSS, servidores públicos, professores e aposentadoria rural) impondo uma idade mínima comum ao fim do prazo de transição, que será no máximo de 15 anos. Mas mantém uma aposentadoria com regras distintas para militares, policiais civis e agentes penitenciários.
9 – Por fim, a China fez – em editorial publicado no jornal estatal China Daily – um alerta ao presidente eleito Jair Bolsonaro sobre os riscos econômicos do Brasil seguir a linha do presidente Donald Trump e romper acordos comerciais com Pequim. O editorial adverte sobre o custo de querer ser um “Trump tropical”.