Um novo ministro da Defesa, novos nomes na transição, a primeira mulher, fusão do ministério do Trabalho. Além disso, está claro o interesse do vice eleito, Hamilton Mourão, pelas áreas de petróleo e energia.
1. O general do Exército, Fernando Azevedo e Silva foi anunciado por Bolsonaro para a Defesa; foi chefe do Estado-Maior e foi recentemente nomeado assessor de Dias Toffoli, quando o ministro assumiu a presidência do STF. Com a escolha, Bolsonaro contraria a especulação feita na semana passada, de que o nome poderia vir da Marinha, em um movimento para contemplar todas as Forças Armadas no futuro governo.
2. É o quinto militar (quarto do Exército) na cúpula do governo. Além do próprio Bolsonaro, que é capitão, e do vice eleito, general Hamilton Mourão, o também general Augusto Heleno deve assumir o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Marcos Pontes, que é tenente-coronel da Aeronáutica, o Ministério de Ciência e Tecnologia. Todos da reserva.
3. Mourão defendeu a venda da BR Distribuidora (além do acordo Boeing-Embraer) em uma conversa, por videoconferência, com executivos e empresários nesta terça (13). Afirmou que o próprio Jair Bolsonaro quer privatizar a subsidiária da Petrobras. As ações da BR Distribuidora subiram.
4. Foram oficializados os nomes do general da reserva, Floriano Peixoto Vieira Neto, e de Rosemeiry Alves Soares Padilha na equipe de transição. Rosemeiry Alves é a primeira mulher da equipe; Floriano Peixoto chefiou a Minustah, a missão de paz da ONU no Haiti.
5. Bolsonaro deu novas informações sobre os rumos do Ministério do Trabalho, afirmando, durante coletiva em Brasília, que “vai continuar com status de ministério. Não vai ser secretaria, não”. Mas deve ser unido com outra pasta, ainda indefinida.
6. A reconfiguração dos ministérios ainda não é clara, com diferentes áreas acomodando (ou sendo acomodada) a outras para cumprir a promessa de redução. O Ministério do Trabalho já variou entre a extinção, virar secretária ou ser unido com o MDIC, que por sua vez pode ou não ficar no guarda-chuva de Guedes, na Economia; Tereza Cristina (Agricultura) quer pesca, Incra e agricultura familiar e por aí vai. Ainda é cedo.
Com informações de G1, Poder360, Estadão.