Combustível do Futuro

Senado aprova PL do Combustível do Futuro, que volta para Câmara

Após alterações, texto retorna para análise dos deputados, com expectativa de votação na semana que vem

Na ordem do dia, o PL 3.027/2024 que trata das regras para o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC). À tribuna, em discurso, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Na ordem do dia, o PL 3.027/2024 que trata das regras para o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC). À tribuna, em discurso, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (4/9), o projeto de lei do Combustível Futuro (PL 528/2020), proposta do governo federal para ampliar políticas de inserção de biocombustíveis na matriz de transporte.

O texto retorna para a Câmara dos Deputados após alterações promovidas pelo relator e presidente da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia, Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB).

Há a expectativa de que o item entre na pauta de votação a partir da próxima terça-feira (10/9).

O plenário manteve as diretrizes sobre biometano e diesel verde (HVO) previstas no relatório de Veneziano. Ou seja, no caso do biometano, permanece na base de cálculo o volume relativo ao consumo das térmicas flexíveis e o mandato deverá ser calculado a partir de uma média móvel decenal do mercado de gás

A opção pela média decenal é uma tentativa de dar mais previsibilidade ao mandato, tendo em vista o caráter volátil do despacho termelétrico no Brasil.

Para ajudar a ilustrar: o consumo médio de gás natural no país no decênio 2014-2023 foi de 81 milhões de m3/dia – período em que houve episódios de variação anual de 20 milhões de m3/dia.

Em relação ao diesel verde, foi mantida a mistura obrigatória de 3% ao diesel fóssil, e caberá ao governo decidir qual elo da cadeia ficará responsável pela mistura.

Na terça-feira (3/9), após a votação do parecer na Comissão de Infraestrutura (CI), Frente Parlamentar do Livre Mercado criticou a retirada da responsabilidade da mistura do diesel verde dos produtores.

A frente divulgou uma nota em que afirma que a decisão pode trazer impactos para a fiscalização e para os esforços de descarbonização do setor. Diz ainda que vai seguir na defesa para que a mistura do diesel verde ao óleo diesel seja atribuída aos produtores ou importadores de diesel.

Os senadores também aprovaram uma emenda no plenário para ampliar o prazo para geração distribuída.

ATUALIZAÇÃO: A emenda para a GD caiu durante a votação na Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira (11/9) o projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020), sem a emenda que previa a extensão de benefícios para a minigeração solar distribuída. A retirada foi feita pelo União Brasil, de Elmar Nascimento, um dos candidatos a suceder o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP/AL). Não houve força para propor outro acordo.