Para debater os desafios do financiamento da chamada economia de baixo carbono, a Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) promove audiência pública interativa na quarta-feira (7), a partir das 14h30. A economia de baixo carbono busca incentivar a redução da emissão de poluentes e a geração de energia limpa.
Foram convidados para participar do evento o coordenador-executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC), Alfredo Sirkis; o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Eduardo Viola; e o chefe adjunto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Alexandre Berndt. Também devem participar do debate representantes do Ministério da Fazenda, do Banco Mundial e do Instituto Escolhas.
A economia de baixo carbono busca alternativas para criar e implantar inovações nos processos produtivos e tecnologias que permitam o desenvolvimento com menor impacto ambiental, redução de custos, aumentando a lucratividade. Melhorias na eficiência energética e na redução da emissão de gases de efeito estufa, entre outros pontos, são alguns dos objetivos da chamada economia verde.
Essa economia já contabiliza investimentos significativos em países como França e Alemanha e vem ganhando impulso no Brasil. Ao ratificar o Acordo de Paris, negociado durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir suas emissões de gás carbônico em 37% em relação às emissões de 2005. A data limite para isso é 2025, com indicativo de reduzir 43% das emissões até 2030.
A criação de um mecanismo de créditos de carbono pode ser uma solução para o país começar a trabalhar as metas de acordo de Paris movimentando a economia, defende o presidente da Shell Brasil, André Araújo.
“Nós somos abertamente favoráveis ao mercado de precificação de carbono. Para muitos surge como um fato estranho uma empresa, que entre outras coisas trabalha com petróleo e gás, que é um dos grandes emissores e que o planeta fez um acordo para encontrar uma solução para isso”, disse o presidente da empresa.
Até 2030, o Brasil deve aumentar a implementação de hidrelétricas para ficar menos vulnerável a crises hídricas, elevar a produção de consumo de etanol de segunda geração e expandir o uso doméstico de fontes energéticas não fósseis.