Deputados da Califórnia aprovaram uma lei que determina que 100% da energia consumida no estado seja produzida de fonte livre do carbono até 2045. O estado já possui uma lei que determina que 50% da eletricidade consumida venha de fontes renováveis até 2030. O novo projeto aumenta esta meta para 60%.
Esta é sem dúvida uma das mais agressivas metas para combater a mudança climática no mundo. E vai de encontro as metas do governo Donald Trump de mudar algumas regulamentações e reativar a indústria da produção de energia a partir do carvão no país.
Com a nova medida, que ainda precisa ser sancionada pelo governador Jerry Brown, o estado se une ao Havaí, que em 2015 aprovou uma lei para ter 100% de eletricidade sem carbono até 2045. Massachusetts, Nova Jersey, Nova York e Washington, DC também estudam projetos semelhantes.
Ontem, o Facebook anunciou quer comprar energia de fontes renováveis para cobrir 100% de suas demanda a partir do final do ano de 2020. Em 2017, a empresa demandou 2,46 terawatts/hora de eletricidade. O anúncio une a estratégia do Facebook com as já anunciadas pelo Citigroup e à Ikea impondo prazo para sua transição energética.
Por aqui, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) estabeleceu uma agenda, para entre outros temas, o país liderar a transição para a economia de baixo carbono. A agenda tem 22 pautas defnidas, sendo cinco diretramente ligadas ao tema:
. Criar políticas de leilões regionais e por fonte geradora, de modo a construir uma matriz elétrica mais equilibrada, conciliando segurança do suprimento, baixo custo e fontes renováveis.
. Estabelecer políticas de incentivo aos investimentos em smart grid para ampliar o consumo inteligente de energia e a geração distribuída, inclusive por meio de fontes limpas e renováveis.
. Ampliar os programas de eficiência energética executados pelas distribuidoras com incentivo à aquisição de equipamentos domésticos e industriais de baixo consumo de energia, além de programas voltados à educação ambiental e ao uso racional de energia.
. Estabelecer tributação ambiental no mercado de combustíveis automotivos para incentivo à utilização de biocombustíveis.
. Estabelecer políticas de incentivo à cogeração e à microgeração a partir de fontes renováveis de energia e gás natural.
A agenda Cebds para um desenvolvimento sustentável por ser baixada aqui