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Você vai ver aqui: o Cade não é uma ilha; presidente Alexandre Cordeiro admite que mudanças na política do país podem justificar a revisão dos acordos da Petrobras com o órgão. O “mercado é dinâmico”.
Petrobras mira 15% do capex em descarbonização; no plano atual, está 6%. Pode incluir renováveis, mas também vale para descarbonização do óleo e do refino. Nos EUA, ExxonMobil fecha serviço de CCS com siderúrgica.
Negócios no mercado de gás e combustíveis: Unigel busca sócio para amônia verde; Ternium compra biometano, Compagas analisa 11 propostas; e bioGLP da Copa pode chegar ao mercado em 2024
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O presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, sinalizou nesta quinta (1/6) que o órgão antitruste está aberto a renegociar com a Petrobras os termos dos compromissos assumidos pela petroleira durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para abertura dos mercados de refino e gás natural.
– Cordeiro disse que o “mercado é dinâmico” e que “todo contrato é possível rever”. Ele destacou que o Cade é uma instituição técnica e independente, mas não “uma ilha isolada no meio do oceano” – e que, portanto, mudanças na política energética, devido à “reorganização política do país”, podem justificar revisões dos acordos com a Petrobras. (O Globo)
“Lógico que as mudanças e as diretrizes políticas são importantes para tomada de decisão de qualquer instituição pública, preservando sempre a independência das agências e da autarquia”, afirmou.
– No governo Lula, a Petrobras, sob o comando de Jean Paul Prates, vai encerrar os acordos com o Cade. Das oito refinarias colocadas à venda pela petroleira, em 2019, três negócios foram concluídos: Rlam (BA), para a Acelen (hoje refinaria de Mataripe); Reman (AM), para a Atem; e SIX (PR), para a F&M Brazil.
A venda de óleo da Petrobras para a Acelen também é discutida no Cade. A refinaria privada quer isonomia nas condições de compra de óleo com as refinarias da Petrobras: Acelen cobra atuação do Cade para ter óleo mais barato
No gás natural, o fim da estratégia de desverticalização também está anunciado: Presidente da Petrobras defende fim da venda do controle da TBG. A Petrobras saiu integralmente das transportadoras NTS e TAG e da distribuição de gás, a partir da venda da Gaspetro.
Petrobras vai buscar até 15% dos investimentos em projetos de baixo carbono. Conselho de administração da petroleira decidiu que a companhia vai perseguir a alocação de uma faixa de investimentos de 6% a 15% em projetos de baixo carbono, na revisão do plano de negócios 2024-2028. (epbr)
Lembra? A empresa pretende prestar serviços de descarbonização para terceiros, com hubs de captura de carbono (CCS): Petrobras se prepara para oferecer serviço de captura de carbono a indústrias
Nos EUA, a ExxonMobil fechou com siderúrgica Nucor Corporation, para capturar e armazenar 800 mil toneladas de dióxido de carbono por ano. (epbr)
Regulação do mercado de carbono deve vir em lei, não decreto, diz CEBDS. O governo já sinalizou que está preparando um novo projeto de lei para estabelecer um mercado regulado no país. Vai revogar o decreto que instituiu o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Sinare), publicado no governo Bolsonaro. (epbr)
Equinor alcança produção de 110 mil barris/dia em Peregrino. Plataforma atinge capacidade máxima de processamento. Peregrino é o primeiro ativo da petroleira no Brasil e é o maior campo produtor operado pela companhia fora da Noruega. (epbr)
Petróleo sobe. EUA chegaram num acordo para evitar o default (a discussão do teto) e investidores aguardam sinais sobre cortes pela Opep+. Brent, para agosto. fechou a quinta (1/6) com alta de 2,31%, a US$ 74,28 o barril. (Valor)
O que será do encontro da Opep+? Cartel enfrentará um mercado de petróleo dividido quando se reunir neste fim de semana.
– Por um lado, os estoques globais de petróleo estão em queda à medida que os cortes de produção da aliança começam a ser implementados, o que pode dar suporte aos preços.
– Por outro, indicadores econômicos chineses fracos e temores de uma recessão nos EUA fortalecem as apostas para baixo. (Bloomberg)
Petrobras reduz preço do QAV em 12,6%. É a quarta queda consecutiva no valor de venda do querosene de avião este ano. Em 2023, a redução acumulada no preço do produto comercializado pela estatal é de 35%. (epbr)
Unigel quer vender fatia em projeto de hidrogênio verde. Empresa contratou o Citi para buscar um sócio estratégico para o projeto de H2V na Bahia, que vai demandar investimentos de até US$ 1,5 bilhão. (Valor)
Compagas recebe propostas de 11 supridores de gás natural. Distribuidora paranaense busca 300 mil m3/dia para complementar volumes já contratados para 2024 e 450 mil m3/dia para a partir de 20025 — além de até 50 mil m³/dia para o fornecimento à Região Norte do Paraná via gás comprimido (GNC) ou liquefeito (GNL). (epbr)
Ternium e Gás Verde fecham novo contrato de biometano. Siderúrgica aposta no combustível renovável para reduzir emissões de gases de efeito estufa em sua unidade em Santa Cruz, no Rio de Janeiro. (epbr)
Copa Energia prevê começar a vender bioGLP entre 2024 e 2025. A empresa desenvolve pesquisas em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), para definição das possíveis rotas tecnológicas para produção do combustível. (epbr)
‘Melhores empresas para trabalhar’ também refletem desigualdade de gênero. Levantamento da consultoria global Great Place to Work mostra que, nas empresas de energia eleitas as melhores para trabalhar em 2023, apenas 18% dos cargos são preenchidos por mulheres. Número reflete o panorama global de desequilíbrio no setor, onde apenas 16% das vagas tradicionais são ocupadas por mulheres. (epbr)
IEA: Indústria solar rumo ao terawatt. Agência Internacional de Energia estima que a capacidade global de fabricação de equipamentos fotovoltaicos atinja 1 TW em 2024 – o que seria suficiente para atender à demanda anual do cenário Net Zero 2050. (epbr)
Fundo britânico de mineração prevê 20 parques solares em MG. Appian Capital Advisory LLP anunciou uma joint venture com a Detronic Energia para desenvolver um portfólio de 62,4 MWp em Minas Gerais. (epbr)
Mais de 440 GW de renováveis serão instalados no mundo em 2023. Montante supera toda a capacidade de energia instalada na Alemanha e Espanha juntas. Em 2022, para efeitos de comparação, o mundo adicionou 295 GW. (epbr)
Brasil, Índia e Indonésia liderarão expansão de biocombustíveis em 2023-2024. Os três países têm como vantagens a oferta ampla de matérias-primas, capacidade de produção adicional, custos relativamente baixos e um pacote de políticas para aumentar a demanda, compensando parte das importações de derivados de petróleo. (epbr)