O economista Bruno Funchal assumirá, definitivamente, o comando da Secretaria do Tesouro Nacional em 31 de julho, com a saída do atual titular da pasta, Mansueto Almeida.
As informações foram confirmadas pelo Ministério da Economia, nesta segunda (15).
Bruno Funchal é diretor de programa da Secretaria do Tesouro Nacional, atualmente subordinado ao secretário especial Mansueto Almeida. Entre 2017 e 2018, foi Secretário de Fazenda do Espírito Santo e um dos responsáveis pelo processo de ajuste das contas públicas do estado. Estava no cargo quando o estado foi o único que recebeu nota A do Tesouro Nacional, informou o ministério.
Funchal é doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com pós-doutorado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada – IMPA.
Mansueto Almeida confirmou ao Estadão no domingo (14) que deixará o governo “possivelmente em agosto”. Afirma que precisou escolher entre sair este ano, para que alguém assuma durante o planejamento pós-covid, ou ficar até o fim do governo.
“O fundamental é aprovar as reformas na janela de juros baixos. O futuro não está dado. Vamos precisar até o fim do governo conseguir fomentar o bom diálogo político pelas reformas. Temos que nos esforçar para ajudar essa agenda de reformas”, avaliou Mansueto, sobre a política econômica.
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Plano Mansueto foi prejudicado pela covid-19
No primeiro ano do governo Bolsonaro, o Ministério da Economia elaborou um Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF) – proposta que ganhou o apelido de Plano Mansueto. Era tida como um dos pilares da repactuação da relação fiscal entre estados, municípios e a União. O Plano Mansueto era muito aguardado por políticos e empresas e grandes consumidores de energia que apoiam a revisão do marco legal previsto na Nova Lei do Gás.
Por meio do PEF, o governo federal pretendia estabelecer regras para concessão de empréstimos aos estados e municípios e uma das contrapartidas era justamente a regulamentação do mercado de gás natural nos estados, em linha com a diretrizes do Novo Mercado de Gás.
A discussão no Congresso Nacional acabou desconfigurando Plano Mansueto original, quando a revisão das regras de ajuda ao estados se tornou o caminho para um pacote de socorro, diante da pandemia de covid-19.
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