A BR Distribuidora anunciou nesta segunda-feira (7/1) que está colocando à venda sua participação de 49% na empresa CDGN Logística, que presta serviços de tratamento, compressão, liquefação, transporte, descompressão, regaseificação e comercialização de gás natural, metano, gás carbônico (CO2) e biogás, comprimido ou liquefeito e transporte. O anúncio é o primeiro feito por uma empresa com controle estatal depois da posse de Jair Bolsonaro e de Roberto Castello Branco, que assumiu a holding Petrobras na última semana.
As empresas interessadas em ter acesso ao data room precisam assinar até 6 de fevereiro o Acordo de Confidencialidade e a Declaração de Conformidade. Podem participar da concorrência empresas de transporte, logística, distribuição e/ou produção de petróleo e gás ou grandes consumidores de gás natural cuja a soma dos ativos da empresa ou de sua empresa-mãe deve ser igual ou superior a R$ 200 milhões.
Fundos de investimentos públicos ou privados, fundos soberanos, bancos de investimentos e outros agentes financeiros com ativos sob gestão acima de R$ 200 milhões também podem participar da concorrência.
Na última semana, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, na cerimônia da sua posse, afirmou que a empresa vai focar a atuação no mercado de exploração e produção de petróleo em águas profundas no Brasil. A saída do mercado de distribuição de combustíveis, com a venda do controle da própria BR DIstribuidora, é dada como certa por muitos analistas.
Castello Branco indicou que a empresa pretende também trabalhar mais fortemente a venda de seus ativos na área de refino. Disse inclusive que a solidão do refino incomoda. Presente ao evento, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o governo estuda medidas para atrair novos players para o setor de combustíveis no Brasil.
Ontem, a epbr mostrou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica está recomendando que a Petrobras venda a totalidade das quatro refinarias que fazem parte do seu programa de desinvestimentos. A recomendação faz parte de uma nota técnica elaborada pelo Grupo Técnico formado com a ANP para estudar o mercado de downstream no Brasil. O GT está defendendo também que a Petrobras faça algum desinvestimento na área de refino também na região Sudeste do país.