ANP libera trechos raso e terrestre do Rota 3. Veja o mapa dos gasodutos do Brasil

Gasoduto Rota 3 possui 355km de extensão total, sendo 307 km referentes ao trecho marítimo e 48 km referentes ao trecho terrestre

ANP libera trechos raso e terrestre do Rota 3. Veja o mapa dos gasodutos do Brasil

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) liberou nesta sexta-feira a Petrobras para construir o trecho marítimo raso e o trecho terrestre do gasoduto de escoamento que integra o Projeto de Escoamento da Produção de Gás Natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos (PPSBS) para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), batizado como Rota 3. O duto levará o gás natural produzido no pré-sal até a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Comperj, em Itaboraí, no Rio de Janeiro.

Em maio, a Petrobras contratou o consórcio Shandong Kerui e Método Potencial a retomada das obras da (UPGN do Comperj. O contrato é avaliado em cerca de R$ 2 bilhões. A meta é que a unidade esteja operacional até 2020, com capacidade para processar até 21 milhões de m3 por dia de gás natural.

Nesta sexta-feira, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, visita com o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, e outros diretores da estatal, as obras do Comperj, paralisadas desde 2015. A estatal fechou recentemente um acordo com a CNPC para retomar o projeto. O acordo envolve a entrada da empresa chinesa no complexo de campos de Marlim – Marlim, Voador, Marlim Sul e Marlim Leste – , que vai abastecer o Comperj com petróleo.

 

Por que isso é importante?

A Petrobras e seus sócios nos projetos do pré-sal têm limitação para queima de gás em todos os campos que produzem petróleo no país. Como a produção do pré-sal cresce de recorde atrás de recorde, a produção de gás natural – que neste caso é associada ao petróleo – aumenta junto. E é aí que mora o problema. Ou a solução, dependendo do seu ponto de vista.

A ANP limita a queima de gás natural por campo. Com isso, a Petrobras – para manter a alta produtividade dos poços do pré-sal – precisa escoar também o gás natural que é produzido junto. Esse gás é escoado por gasodutos que levam a produção até a costa e de lá colocam na malha brasileira de dutos.

O gasoduto Rota 3 possui 355km de extensão total, sendo 307km referentes ao trecho marítimo e 48km referentes ao trecho terrestre, e escoará gás natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos até o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. A vazão de escoamento do gasoduto é de aproximadamente 18 milhões de m³ por dia.

O dasoduto recebeu do IBAMA, em julho de 2016, as licenças de Instalação referentes ao trecho marítimo do empreendimento com 297km de extensão, compreendido entre as lâminas d’água de 58m e 2.190m de profundidade. As atividades para instalação deste trecho foram iniciadas em outubro de 2016.