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Piora da crise do gás na Europa faz GNL superar os US$ 50 e bater novo recorde

Excelerate Energy faz a única proposta por terminal de GNL da Bahia

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AO VIVO:  17ª rodada de licitações da ANP
Com comentários de especialistas e comandada pelos jornalistas Felipe Maciel e Gustavo Gaudarde

Os preços spot do GNL da Ásia-Pacífico atingiram novo recorde nessa quarta (6/10), com o ultrapassando US$ 50/MMBtu pela primeira vez, à medida que a crise do preço do gás na Europa se agrava, aumentando a competição global por cargas de GNL.

— — No início deste mês, o JKM já havia batido recorde, de US$ 34,47/MMBtu para novembro. Nessa quarta, subiu US$ 16,655/MMBtu em relação ao valor de outubro, chegando a US$ 56,326/MMBtu. Foi o maior aumento de preço em um único dia e o nível mais alto para o JKM desde que a S&P Global Platts começou a avaliar o benchmark, em 2009.

— Os crescentes preços do gás na Europa estavam exercendo uma pressão significativa de alta sobre os preços da carga de GNL da Ásia-Pacífico, uma vez que tradings e grupos de portfólio aumentaram suas ofertas para atrair volumes para a região, de acordo com fontes do mercado.

— “O que estamos vendo é algo sem precedentes em termos do mercado físico de GNL, que é limitado em termos de liquidez e capacidade de otimização, pois um usuário final pode não ter a opção de revender uma carga no mercado à vista”, disse Jeff Moore, gerente da Asian LNG da Platts Analytics.

— Durante o processo de avaliação do Platts Market on Close no início deste mês, as negociações acordadas para cargas JKTC (Japão, Coréia, Taiwan, China) tinham prêmios de US$ 1,70 a US$ 2,40 por MMBtu para o TTF, contrato europeu de referência. Ontem, as ofertas para os carregamentos DES JKTC de dezembro foram publicadas com um prêmio de mais de US$ 3/MMBtu para os preços do gás europeu.

— Os operadores do mercado ficaram surpresos com os movimentos nas referências globais de preços do gás até agora, e qualquer nível de preço alto sustentado deve resultar em mudanças significativas nas estratégias de aquisição e negociações.

— O equilíbrio entre oferta e demanda é frágil e mesmo a menor mudança incremental nas projeções de demanda é suficiente para mover os preços, disse um vendedor.

— Os contratos futuros de gás TTF de dezembro saltaram mais de 40% para atingir e atingiram US$ 54,032/MMBtu) no mercado de Singapura no fechamento de 6 de outubro. O benchmark UK NBP também aumentou para US$ 55,182/MMBtu.

— Os preços recordes ocorreram devido ao fato de os estoques de gás da Europa estarem em seus níveis mais baixos para a época do ano em mais de dez anos, em meio à redução no fornecimento da Rússia.

— No longo prazo, a incerteza sobre o início da operação do gasoduto Nord Stream 2 da Rússia para a Europa também está pesando na curva futura.

— No mercado de GNL da Ásia-Pacífico, havia novas preocupações sobre problemas de produção no projeto Sakhalin 2 LNG na Rússia, enquanto alguns trabalhos de manutenção estavam em andamento em um trem no projeto Tangguh da Indonésia.

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PetroRio e Cobra devem ficar com Albacora A Petrobras escolheu oferta do consórcio da Petro Rio e Cobra, subsidiária da francesa Vinci, para o campo de Albacora, na Bacia de Campos, segundo quatro pessoas com conhecimento do assunto ouvidas pela Reuters.

— A proposta da Petro Rio-Cobra superou uma oferta concorrente feita por um consórcio composto pela EIG Global Energy Partners e as brasileiras Enauta e 3R Petroleum, de acordo com as fontes.

— Os dois consórcios também apresentaram ofertas para o campo vizinho de Albacora Leste. Os valores exatos das ofertas não estavam claros, embora a Petrobras tenha dito no final de setembro que as ofertas recebidas poderiam ultrapassar US$ 4 bilhões para os dois campos.

— No entanto, a Petrobras decidiu realizar uma nova licitação para Albacora Leste, afirmaram as fontes, descartando os resultados da rodada original para aquele campo.

— Em nota ao mercado nesta quinta (7/10), a Petro Rio informou que, até o momento, o consórcio não recebeu notificação formal da Petrobras sobre o assunto. 3R e EIG não quiseram comentar.

— Albacora produzia 43 mil barris de petróleo por dia (boepd), segundo documentos divulgados pela Petrobras quando a empresa lançou o processo de venda em 2020. Albacora Leste produzia 34 mil boepd na época.

Doria culpa governo federal pela alta dos combustíveis Em publicação no Instagram, o governador de São Paulo, João Doria, culpou o governo federal pela alta dos combustíveis. Foi uma resposta do governador paulista às constantes acusações do governo federal de que o ICMS cobrado pelos estados é o responsável pela elevação dos preços.

— “Estão fazendo análise simplória e tentando criar solução populista para resolver o problema do preço dos combustíveis. A culpa da alta de preços não é do ICMS dos estados. O ICMS de SP permanece inalterado há décadas e o preço dos combustíveis continua subindo”, disse Doria.

— Para o governador, “a trágica administração econômica e política do Gov. Federal, gera desconfiança e instabilidade, colocando o dólar em alta permanente”.

— “A inflação voltou, o dólar disparou e o preço dos alimentos assustou. Isso não é culpa do ICMS. É culpa da incompetência do Governo Federal, que fala muito e faz pouco”, finalizou Doria.

— A fala de Doria foi reforçada pelo secretário de Fazenda e Planejamento de São Paulo, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do BC, Henrique Meirelles. No Twitter, Meirelles disse que já esteve “do outro lado do balcão, como ministro da Fazenda, mas nunca me ocorreu uma possibilidade tão extravagante quanto passar a conta para os estados, que é o que estão tentando fazer, no momento”.

— A disputa política entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os estados já teve vários rounds. No último deles, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL) propôs um texto que modifica a base de cálculo do ICMS. A proposta seria discutida nesta semana, mas foi adiada para semana que vem.

A Origem Energia iniciou o fornecimento de gás natural para a Bahiagás, distribuidora de gás natural canalizado na Bahia. O fornecimento será dividido em duas fases.

— Na primeira fase, iniciada em setembro, a Origem vai entregar o volume previsto de 15 mil m³/dia. Já na segunda fase, prevista para último trimestre de 2022, o fornecimento será de 150 mil m³/dia.

— Para a fase 2, será construída a infraestrutura necessária para a entrega do gás natural, viabilizando o aumento do volume recebido pela Bahiagás.

— O contrato entre a Origem Energia e a Bahiagás prevê o atendimento por um período de seis anos.

— A Origem Energia, novo nome da Petro+, é controlada pela Prisma Capital. Recentemente, a companhia pagou US$ 300 milhões pela aquisição da Petrobras do Polo Alagoas, conjunto de sete campos em terra e águas rasas na Bacia de Sergipe-Alagoas.

— A empresa aposta na verticalização das atividades, tem a pretensão de comercializar GLP (gás de cozinha) e também entrar no mercado de GNL de pequena escala.

Veja em epbr entrevistaLuiz Felipe Coutinho, CEO da Origem Energia

Estoques dos EUA derrubam petróleo Os preços do petróleo caíram quase 2% nessa quarta (6/10), recuando das máximas de diversos anos, já que um aumento inesperado nos estoques de petróleo dos EUA levou os compradores a uma pausa após os recentes ganhos.

— O Brent atingiu 83,47 dólares o barril, a sua máxima desde outubro de 2018, mas fechou em 81,08 dólares, queda de 1,48 dólar o barril, ou 1,8%. O WTI avançou para 79,78 dólares, a máxima desde novembro de 2014, antes de cair para 77,43 dólares, para um recuo diário de 1,50 dólar, ou 1,9%.

— Os estoques de petróleo dos EUA aumentaram 2,3 milhões de barris na semana passada, contra as expectativas de uma queda modesta de 418.000 barris, disse o Departamento de Energia dos EUA. Os estoques de gasolina também aumentaram, enquanto os estoques de derivados caíram apenas modestamente. Reuters

A Raízen fechou contrato para formação de uma joint venture com o Grupo Gera, que atua no segmento de energia. A Raízen Energia irá investir aproximadamente R$ 212 milhões por participações em empresas do Grupo Gera, além de fazer um aporte primário no total de R$ 106 milhões para desenvolvimento de novos negócios.

— O Grupo Gera está presente em 14 estados gerenciando mais de 15.000 unidades consumidoras de energia, investindo em projetos de geração distribuída para grandes empresas e gerindo energia e utilidades de grandes consumidores nacionais.

O Contrato com o Grupo Gera envolve as seguintes operações:

  • Geração de energia atualmente com 15 plantas em 4 estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Pernambuco) e capacidade instalada para geração de 23 MW (127.000 MWh/ano), utilizando fontes limpas e renováveis como solar, hidro e biogás de resíduos sólidos urbanos;
  • Desenvolvimento de novos projetos de geração distribuída de energia renovável;
  • Soluções de tecnologia relacionados a contratação, gestão e consumo de energia elétrica e eficiência energética com foco no desenvolvimento e inovação para os consumidores de energia.

Com a conclusão desta operação a Raízen passará a deter o controle dos segmentos de Geração de Energia e Desenvolvimento e a Gera manterá o controle de Soluções.

— O fechamento desta operação está sujeito à satisfação de determinadas condições suspensivas estabelecidas no contrato, além de possíveis ajustes de preço comumente previstas neste tipo de transação.

Certificação de conteúdo local A diretoria da ANP aprovou nessa quarta (6/10) o relatório final da análise de impacto regulatório (AIR) sobre a Resolução ANP n° 19/2013, que estabelece os critérios e procedimentos para execução das atividades de certificação de conteúdo local. No relatório final, a agência conclui pela necessidade de alteração na Resolução ANP n° 19/2013. Será elaborada uma minuta de resolução para efetuar essas mudanças, que passará por consulta e audiência públicas.

— A atividade de certificação de conteúdo local, regulada pela Resolução n° 19/2013, é exercida por instituições acreditadas pela ANP (os organismos de certificação) e consiste em aferir o percentual de conteúdo local em determinado fornecimento de bem ou serviço e atestá-lo publicamente.

— A ANP identificou oportunidades de melhoria na conversão de moedas; operações de revenda de produtos nacionais; serviços e conjuntos de origem estrangeira; e parâmetros de certificação de Sistemas – mais especificamente na definição do valor total do Sistema e do método a ser utilizado conforme níveis de atividades realizadas em território nacional.

— O relatório preliminar da AIR passou por consulta pública, na qual foram recebidas 67 contribuições. Essas sugestões foram avaliadas pela ANP para elaboração do documento final.

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