A PetroRio anunciou nesta segunda (3) a aquisição de 80% do campo de Tubarão Martelo, operado pela Dommo Energia, e do FPSO OXS-3,que produz na área, por US$ 140 milhões. A empresa pretende interligar a produção de Tubarão Martelo com o campo de Polvo, que já opera na Bacia de Campos. É a primeira operação de otimização da produção feita por uma produtora independente privada no país.
A PetroRio estima que a produção interligada dos campos vai gerar uma redução de custgos de US$ 200 milhões por ano para US$ 70 milhões por ano. A empresa estima que os custos de produção do novo polo poderão alcançar cerca de US$ 15 por barril, resultando em um aumento previsto da vida econômica dos ativos até aproximadamente 2035 e com impacto positivo na produção e acréscimo de reservas de 40 milhões de barris, totalizando 52 milhões de barris.
O campo de Tubarão Martelo, último remanescente da petroleira OGX, do empresário Eike Batista, produção atualmente 5,8 mil barris por dia de petróleo. A estimativa da PetroRio é que, após os trabalhos de revitalização, o campo pode produzir sozinho 10 mil barris por dia. A meta é que Polvo e Tubarão Marcelo produzam, em 2021, 20 mil barris por dia de petróleo em conjunto.
“Estudamos muito essa aquisição e nos preparamos para colocar em prática uma estratégia pioneira de revitalização de campos em produção no Brasil. Os dois negócios irão gerar sinergias significativas, redução de custos, extensão da vida econômica dos dois campos e menores emissões diante da operação integrada. Seguimos ainda nossas premissas básicas de segurança e responsabilidade com o meio ambiente”, ressalta Nelson Queiroz Tanure, CEO da PetroRio.
Durante a OTC Brasil 2019, conversamos com Francisco Francilmar, diretor de Operações da PetroRio, sobre o cenário da indústria offshore brasileira para uma operadora independente e sobre as lições aprendidas com o campo de Polvo e os planos para Frade. Escute aqui o podcast.
As operações dependem de aprovação dos órgãos reguladores – Cade e ANP.
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