Mercado de gás

PetroReconcavo recebe aval da ANP para sua 1ª unidade de processamento de gás

UTG São Roque, na Bahia, tem capacidade de até 400 mil m3/dia e está conectada diretamente à rede da Bahiagás

PetroReconcavo começa a estudar viabilidade técnico-econômica de uma UPGN própria no Rio Grande do Norte. Na imagem: Rede de dutos metálicos prateados e amarelos em operação da PetroRecôncavo (Foto: Divulgação)
Operação da PetroRecôncavo (Foto: Divulgação)

A PetroReconcavo obteve nesta quinta-feira (27/6) a autorização da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operação da Unidade de Tratamento de Gás Natural São Roque, na Bahia. O ativo é o primeiro investimento da empresa em infraestrutura própria de processamento de gás.

A UTG São Roque, localizada no município de Mata de São João, possui capacidade de processamento de até 400 mil m3/dia e irá receber a produção das concessões Mata de São João, Remanso, Jacuípe e Riacho São Pedro. Parte da produção da companhia no estado continuará sendo processada na UTG de Catu, da Petrobras.

São Roque recebeu investimentos de R$ 23 milhões. Com a emissão da autorização, a PetroReconcavo informou que iniciará os protocolos de comissionamento e partida, com a previsão de entrada em operação de forma definitiva até 1º de julho.

A UTG possui conexão direta com a distribuidora Bahiagás, sem necessidade de interconexão com sistemas de transporte.

Em maio, o diretor de Comercialização e Novos Negócios da PetroReconcavo, João Vitor Moreira, disse, em entrevista ao estúdio epbr, que a interconexão direta com a Bahiagás favorece a competitividade do gás vendido pela companhia, inclusive para a indústria baiana, no mercado livre.

Veja na íntegra a entrevista concedida na Bahia Oil & Gas Energy

Empresa estrutura novas unidades de gás

São Roque marca uma mudança na posição da companhia no midstream. Hoje, todo o gás natural da empresa é processado em plantas de terceiros (da Petrobras na BA e da 3R Petroleum no RN).

A petroleira independente já estuda novos investimentos em processamento, tanto na Bahia quanto no Rio Grande do Norte.

A construção de uma UPGN própria no Rio Grande do Norte é encarada, dentro da PetroReconcavo, como uma alternativa à tentativa da petroleira de se associar à 3R como sócia na UPGN – sobretudo depois da tentativa frustrada de uma fusão com a 3R.

Em maio, antes de selar a fusão com a Enauta, o presidente da 3R Petroleum, Matheus Dias, afirmou que a companhia está aberta a discutir com a PetroReconcavo uma eventual parceria na UPGN de Guamaré.

A PetroReconcavo anunciou um acordo com a Enerflex, para estudar a viabilidade técnico-econômica de uma UPGN própria no Rio Grande do Norte. Associar-se a uma eventual parceria com a 3R, contudo, é o plano A.

“Isso [parceria] é algo que devemos endereçar nos próximos meses, independente de qualquer fusão, eventual M&A que possa ser feito da 3R com terceiros. Entendemos que há uma sinergia completa com a PetroReconcavo. Aparentemente ambos os lados estão abertos a discutir”, comentou Dias, em teleconferência com analistas, em maio.