PetroRecôncavo compra mais 12 campos da Petrobras na Bahia

Karavan O&G e Seacrest Capital compram 27 campos da Petrobras no Espírito Santo. Na imagem: Cavalo-de-pau para exploração onshore (em terra) de petróleo, com sol baixando e céu alaranjado ao fundo (Foto: Divulgação Somoil)
Cavalo-de-pau para exploração onshore de petróleo (Foto: Divulgação Somoil)

A Petrobras anunciou que fechou com a SPE Miranga, controlada pela PetroRecôncavo, a venda dos nove campos terrestres que fazem parte do Polo Miranga, na Bahia, por US$ 220,1 milhões.

O acordo fechado previu o pagamento de US$ 11 milhões nesta quarta-feira; US$ 44 milhões no fechamento da transação; US$ 80,1 milhões diferidos em três parcelas ao longo de três anos a partir do fechamento da transação e até US$ 85 milhões em pagamentos contingentes relacionados a preços futuros do petróleo.

O Polo compreende os campos terrestres de Miranga, Fazenda Onça, Riacho São Pedro, Jacuípe, Rio Pipiri, Biriba, Miranga Norte, Apraiús e Sussuarana, na Bacia do Recôncavo, na Bahia. 

A produção média dos campos em 2020 foi de aproximadamente 899 barris de óleo por dia (bpd) e 376,8 mil m³/dia de gás natural.

As aquisições da PetroRecôncavo

  1. Em abril de 2019 arrematou os 34 campos do Polo Riacho da Forquilha na Bacia Potiguar
  2. Em dezembro de 2020 arremata os 12 campos que fazem parte do Polo Remanso
  3. Na oferta permanente da ANP, também em dezembro do ano passado, leva o blocos exploratório POT-T-702

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Em abril de 2019, depois de três licitações a desclassificação da 3R Petroleum, a Petrobras fechou com a PetroRecôncavo a venda por US$ 384,2 milhões de 34 campos terrestres no Polo Riacho da Forquilha, na Bacia Potiguar, no entorno da cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O valor da operação é US$ 68 milhões menor do que a fechada com a 3R Petroleum.

A PetroRecôncavo foi a primeira empresa a arrematar efetivamente um ativo terrestre no desinvestimento da Petrobras. Na época, em entrevista exclusiva à epbr, o presidente da PetroRecôncavo, Marcelo Magalhães, afirmou que o movimento da empresa era um caminho para ser trilhado pelas demais empresas que disputam venda de campos maduros da Petrobras.

Em julho do ano passado, Magalhães, em entrevista transmitida ao vivo pela epbr, afirmou que os campos no Rio Grande do Norte têm o potencial entregar cerca de 300 mil m³/dia de gás natural. 

O mercado de distribuição do Rio Grande do Norte está em cerca de 200 mil m³/dia este ano e atingiu 318 mil m³/dia em 2018, maior demanda em anos recentes.

Segundo Magalhães, como os campos estão integrados à malha existente da Petrobras, falta acesso à infraestrutura para negociar o gás natural diretamente com a distribuidora do estado, a Potigás. As empresas já têm um memorando de entendimento prevendo um futuro contrato de comercialização.

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Em dezembro do ano passado, a empresa arrematou por US$ 30 milhões os 12 campos que fazem parte do Polo Remanso, na Bacia do Recôncavo, na Bahia. Os campos Brejinho, Canabrava, Cassarongongo, Fazenda Belém, Gomo, Mata de São João, Norte Fazenda Caruaçu, Remanso, Rio dos Ovos, Rio Subaúma, São Pedro e Sesmaria produziram 3,9 mil barris de óleo por dia (bpd) e 75 mil m³/dia de gás natural em 2020. 

Também em dezembro de 2020, a empresa adquiriu no 2o ciclo da oferta permanente a concessão do bloco exploratório POT-T-702, na parte terrestre da Bacia Potiguar. Pagou pela área R$ 75 mil em bônus de assinatura. 

Monitor do Desinvestimento

A Petrobras já vendeu mais de uma centena de campos de produção e outros 40 blocos exploratórios desde que começou seu programa de desinvestimentos, que tem como objetivo focar a atividade da empresa na produção de petróleo e gás em águas profundas e sobretudo no pré-sal. 

Os movimentos de desinvestimentos da empresa podem ser acompanhados pelo Monitor do Desinvestimento

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