Combustíveis e Bioenergia

Petróleo sustenta alta no exterior e gasolina recua no Brasil

Petróleo em alta, negociado acima dos US$ 76 por barril no mercado futuro. Enquanto isso, a gasolina recuou (pouco), mas antes do corte da Petrobras 

Petróleo sustenta alta no exterior e gasolina recua no Brasil. Na imagem: Frentista segura bomba de abastecimento em posto de combustíveis, apontando o bico para a câmera; ao lado, um veículo preto (Foto: Divulgação Petrobras)
Preço médio da gasolina cai 0,4% na semana de 11 a 17 de junho, para R$ 5,40 o litro (Foto: Divulgação Petrobras)

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Você vai ver aqui: Petróleo em alta, negociado acima dos US$ 76 por barril no mercado futuro. Enquanto isso, a gasolina recuou (pouco), mas antes do corte da Petrobras que entrou em vigor no sábado.

Presidente da distribuidora da Light, Thiago Freire Guth, renunciou. Mudança gera preocupação em investidores, em meio à recuperação judicial do grupo. Consulta para renovação dos contratos de distribuição aguardada para essa semana.

Transição Sul-Sul: governo fará uma expedição por países africanos para prospecção de negócios na área de energia. Na pauta, transição energéticaetanol minerais críticos para o setor.

Japão mira etanol para plástico. LGIM pede à Shell para mostrar sua matemática de CO2. Net zero da aviação pode atrasar cinco anos

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Petróleo em alta. A cotação do Brent no mercado futuro ainda sustenta boa parte da alta registrada na semana passada, apoiada por dados econômicos dos EUA. Barril é cotado acima dos US$ 76,50 por barril, praticamente estável na manhã de hoje.

Gasolina recua antes do corte da Petrobras. O preço médio caiu na semana de 11 a 17 de junho, A queda foi pequena, de 0,4%, para R$ 5,40 o litro, após a alta na semana anterior, em razão do aumento do ICMS.

— No sábado (16/6), por sua vez, entrou em vigor o corte anunciado pela Petrobras, de 13 centavos por litro, na média dos pontos de entrega para as distribuidoras. A empresa estima que, mantidas as parcelas da cadeia, o preço médio pode chegar a R$ 5,33 na ponta. Não há garantia que isso ocorra (epbr).

Fim do PPI. A mudança na precificação do diesel e da gasolina da Petrobras pode reforçar a vantagem competitiva das grandes distribuidoras de combustíveis — Vibra Energia, Raízen e Ipiranga, que juntas, dominam mais de 60% do mercado.

— A Petrobras discorda dessa visão. Sua estratégia comercial “não favorece a concentração do mercado de distribuição”, diz. Cita o papel da ANP na regulação dos contratos, com “ênfase [na] promoção da livre concorrência”.

Renúncia na Light. O presidente da distribuidora e conselheiro da Light Energia, Thiago Freire Guth, renunciou e ficará no cargo apenas até 30 de junho de 2023. A empresa não anunciou substituto. A mudança supreendeu investidores e gera preocupação, segundo o Valor.

“Desiguais”. A consulta pública para renovação dos contratos de distribuição de energia deve ser aberta esta semana, segundo o ministro Alexandre Silveira.

— Na semana passada, afirmou que o governo será cuidadoso para “assegurar energia aos consumidores e para não cometer injustiças”, após a Light pedir antecipação da renovação. “Não vamos poder tratar os diferentes de forma igual” (epbr)

Ciclone no RS. Ao menos até domingo (18/6), 35 mil clientes ainda estavam com o abastecimento de energia interrompido ou irregular em razão do ciclone extratropical que atingiu o estado.

— O MME criou uma sala de situação para acompanhar o restabelecimento da energia. A Aneel estima que até 474 mil unidades consumidoras chegaram a ser afetadas (Broadcast)

Rota 4. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), voltou a defender a construção da Rota 4B, gasoduto ligando a Bacia de Santos ao Porto de Itaguaí: Castro defende Rota 4 para o Rio para atrair indústria de hidrogênio.

Uma mensagem do IBP

A indústria de óleo, gás e energia, tem um papel essencial na transição para uma economia com baixa emissão de carbono, minimizando impactos sociais, e prezando por um ambiente de negócios que priorize o desenvolvimento e implementação de práticas respeitáveis, éticas e transparentes.

O IBP realiza pela primeira vez o ESG Energy Forum, que começa amanhã (20) e congrega diferentes agentes do ecossistema para integrá-los por meio de experiências, trocas de insights e conexões com o poder público, o mercado privado e os agentes do terceiro setor.

Saiba mais e inscreva-se:
https://bit.ly/epbrnoESGForumIbp

Transição Sul-Sul. O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, conta à agência epbr que o Brasil fará uma expedição por países africanos nos próximos dias para prospecção de negócios na área de energia.

Na pauta, estão projetos de transição energética, etanol e minerais críticos para transição, que devem fazer parte da agenda da visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao continente, em agosto. (epbr)

Hoje, Lula embarca para a Itália. Vai cumprir agenda com o governo do país e prevê compromissos no Vaticano, em Roma.

E segue para França com clima e combate à pobreza na agenda diplomática. A Cúpula de Paris para um novo pacto de financiamento deve receber ao menos 21 líderes globais, em busca da definição de estratégias para canalizar recursos para a ação climática em países pobres e de renda média.

Japão mira etanol para plástico. Petroquímicas do país começam a traçar planos para conversão de unidades para processamento do biocombustível para produção de plásticos. Segundo a Nikkei Asia (no Valor), miram a oferta de etanol de milho dos EUA.

LGIM pede à Shell para mostrar sua matemática de CO2. A maior gestora de ativos do Reino Unido quer que a Shell explique como acredita que ainda pode atingir emissões líquidas zero até 2050, aumentando os investimentos em combustíveis fósseis. (Bloomberg)

Net zero da aviação pode atrasar cinco anos, indica pesquisa da GE Aerospace com 325 tomadores de decisão da aviação nos EUA, Reino Unido, China, Índia, Emirados Árabes Unidos e França.

— Eles classificam o aumento do investimento em combustível sustentável de aviação como o papel número um a ser desempenhado pelos governos. Mas 61% estão mais interessados em incentivos do que em mandatos. (epbr)

Financiamento solar. O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a cooperativa financeira Sicredi, do Brasil, firmaram um acordo para empréstimo de cerca de R$ 1 bilhão (€ 200 milhões) destinado ao financiamento de instalação de placas fotovoltaicas em residências, PMEs e propriedades rurais.

— Atualmente, a instituição detém uma carteira de crédito de R$ 6 bilhões destinados à energia solar.