A Equinor anunciou nesta terça (22) que Verônica Coelho será a nova presidente da empresa no Brasil a partir de 1º de fevereiro de 2021. Vai substituir Letícia Andrade, que acumulava a função interinamente desde outubro com a saída de Margareth Øvrum, que se deliga da empresa em 31 de dezembro.
Leticia Andrade continuará exercendo a função de vice-presidente de Estratégia e Portfólio, função já ocupada por Verônica Coelho, que retornou ao Brasil após um ano na Noruega, onde ocupou a posição de assessora especial do Chief Finance Officer
“A Equinor construiu, desde 2001, uma organização local forte e muito competente, com uma base sólida em nossos valores. Estou muito orgulhosa com a oportunidade e cheia de energia para dar continuidade à realização da estratégia do grupo no Brasil. Nossos três pilares estratégicos globais – sempre seguros, alto valor e baixo carbono – direcionam nosso caminho também aqui no Brasil e com isso, geramos valor para a empresa, para nossos acionistas e para a sociedade local”, enfatiza Veronica.
Verônica Coelho participou, no final de 2019, de uma edição do podcast Sim, Elas Existem. O bate-papo com Renata Isfer pode ser ouvido no link
Apostas em petróleo, gás e renováveis
A Equinor está apostando em projetos de produção de petróleo, gás natural e energias renováveis no país. A empresa anunciou em novembro a meta de se tornar com emissões zero de carbono em 2050 e afirmou que está se preparando para o declínio gradual da demanda global por petróleo e gás a partir de 2030 e espera, com isso, produzir, no longo prazo, menos petróleo do que produz atualmente. Mesmo assim, estima um crescimento de 3% por ano na produção até 2026 e entende que uma parcela cada vez maior de petróleo e gás será usada para produtos petroquímicos em 2050.
No Brasil está desenvolvendo o projeto de Bacalhau, no pré-sal da Bacia de Santos, em parceria com a Petrogal e ExxonMobil. Anunciou neste ano a contratação de uma das maiores plataformas de produção do mundo para o projeto, que terá capacidade para produzir até 220 mil barris de petróleo por dia e 15 milhões de m³/dia de gás natural. A previsão é que a unidade comece a produzir entre 2023-2024.
Em agosto, a Equinor iniciou o licenciamento no Ibama dos parques eólicos offshore Aracatu I e Aracatu II, com 4 GW, sendo 2 GW em cada um e possibilidade de ampliação para 2,33 GW. O plano é instalar o primeiro parque eólico no litoral do Rio de Janeiro e o segundo, entre os estados do Rio e do Espírito Santo.
Não será o primeiro investimento em renováveis da empresa no Brasil. Já atua na geração de energia solar fotovoltaica com a usina de Apodi, de 162 MW, que está instalada no município de Quixeré, no Ceará. O projeto é uma parceria com a Scatec Solar e a brasileira Kroma Energia. Fornece energia para cerca de 160 mil residências.
Outro projeto com a Scatec Solar tem decisão de investimento prevista para o próximo ano. Hydro, Equinor e Scatec estão estudando a construção de uma usina solar fotovoltaica, de 480 MW, no Rio Grande do Norte.
E a empresa também é a primeira produtora de óleo e gás a anunciar investimentos em florestas no Brasil. Na última sexta, fechou acordo de três anos com a Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), com possibilidade de dois anos adicionais, para preservação e reflorestamento de Mata Atlântica. A empresa vai auxiliar na restauração e na proteção do habitat natural e apoiar o aprendizado de alunos do Rio de Janeiro sobre a importância de florestas tropicais, sua biodiversidade e contribuição para mudanças climáticas.
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