RIO — O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reiterou, nesta quinta-feira (23/3), que a companhia respeitará os contratos assinados para venda de ativos. A alienação dos ativos do Polo Bahia Terra, contudo, será reavaliada sob “uma nova ótica” e ainda não há decisão sobre o futuro dos campos terrestres que compõem o ativo — em negociação com o consórcio PetroReconcavo/Eneva.
“O que está assinado será cumprido, o que não está assinado será revisto”, comentou, ao ser questionado por jornalistas sobre o futuro do Polo Bahia Terra.
“[A negociação do Polo Bahia Terra] Vai continuar sendo tratado dentro de uma nova ótica”, disse Prates.
Ele lembrou que, no caso do conjunto de campos terrestres da Bahia, o acordo não está finalizado, nem assinado. Em 2022, a empresa abriu negociações para venda do ativo para a PetroReconcavo/Eneva, mas não chegou a assinar contrato.
Segundo a PetroReconcavo, a empresa adiantou R$30 milhões à Petrobras, para iniciar a fase de negociação dos termos e condições para a potencial aquisição das concessões associadas ao Polo Bahia Terra
Lula exige interrupção de vendas
Esta semana, o presidente Lula exigiu publicamente que a Petrobras interrompa a venda de todos os ativos.
“A gente já avisou para o presidente da Petrobras, o companheiro Jean Paul [Prates], que é preciso suspender todas as vendas de ativos. Não tem condições de continuar vendendo”, disse Lula, em entrevista ao Brasil 247, na terça (21/3).
Semana passada, a Petrobras comunicou que mantém venda de ativos com contratos assinados. São negócios fechados com Grepar Participações (venda da Lubnor), 3R Petroleum, Seacrest e BW Energy.
Em resposta, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou uma paralisação para sexta (24/3). E promete que a categoria vai entrar em estado de greve até isso mudar.
“Tem uma briga jurídica que a gente quer resolver e vamos resolver na política e não [na área] jurídica”, disse Lula, ao ser questionado sobre a intenção da Petrobras de continuar as negociações nos casos em que há contratos assinados.
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