Petróleo e Gás

Sergio Bacci é indicado para presidência da Transpetro

Diretoria da Petrobras confirma escolha de ex-dirigente do Sinaval para comando da subsidiária de logística

Sergio Bacci é indicado para presidência da Transpetro. Na imagem: Operários observam e tiram foto durante lançamento do navio Zumbi dos Palmares, no Porto de Suape, em Pernambuco (Foto: Transpetro/Divulgação)
Lançamento do navio Zumbi dos Palmares, no Porto de Suape, em Pernambuco (Foto: Transpetro/Divulgação)

A diretoria da Petrobras aprovou a indicação de três novos executivos para a sua subsidiária Transpetro: Sergio Bacci (presidente), Fernando Mascarenhas de Barros (diretor Financeiro) e Jones Alexandre Soares (diretor de Transporte Marítimo, Dutos e Terminais).

A indicação dos executivos está sujeita à eleição pelo conselho de administração da Transpetro, marcada para 27 de abril.

Bacci foi vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), entidade que representa estaleiros e empresas da cadeia da indústria naval. É administrador de empresas, com experiência de mais de 20 anos no setor naval e offshore, logística e transportes marítimos.

Foi secretário de Fomento e Ações de Transportes do Ministério dos Transportes no primeiro governo Lula (PT). Atuou em companhias de navegação, como Asgaard Navegação, Opmar Serviços Marítimos e Bram Offshore.

Fernando Mascarenhas de Barros é engenheiro eletrônico e possui pós-graduações em Marketing e Gestão Empresarial. Com 22 anos de experiência em indústrias diversas, ele ocupou posições de liderança globais e locais na Varig, e empresas do grupo Vale.

Jones Alexandre Soares é bacharel em Ciências Náuticas e possui cursos em gestão empresarial, negociação e liderança. Ele atua na Petrobras há 31 anos e na Transpetro há 22 anos, com experiência na área de operações.

Os indicados vão substituir Luiz Eduardo Valente Moreira (presidente) e Roberto David Mendes da Silva (diretor Financeiro).

Veja no antessala epbr, a discussão sobre os caminhos para desenvolver a indústria naval nacional e os desafios nesta empreitada:

Lula: Petrobras vai ampliar frota de navios da Transpetro

O presidente Lula afirmou este mês que a frota de navios da Transpetro será ampliada em seu governo, para estimular a indústria naval.

E reforçou o reposicionamento da petroleira, em novos negócios, ao dizer que a empresa é “mais do que uma empresa de petróleo” e que olhará para o desenvolvimento de novos combustíveis renováveis.

“A Petrobras financiará pesquisa para novos combustíveis renováveis e, ao mesmo tempo, retomará o papel de protagonista nos investimentos, ampliando a frota de navios da Transpetro e gerando emprego em nossos estaleiros”, discursou, em reunião ministerial para simbolizar os cem dias de gestão.

A contratação de petroleiros para a Transpetro foi um dos eixos do plano de revitalização da indústria naval dos governos do PT.

Foi no primeiro mandato de Lula que a subsidiária da Petrobras lançou o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) — descontinuado em meados da década passada, em meio à crise financeira da petroleira e da indústria naval, na esteira dos escândalos de corrupção deflagrados pela Operação Lava-Jato

O aumento das encomendas aos estaleiros nacionais é uma demanda do setor. Na última década, as grandes encomendas de plataformas migraram para os estaleiros asiáticos.

Dados do Sinaval mostram que, em 2014, a indústria naval brasileira somava cerca de R$ 9,5 bilhões em projetos contratados. Em 2021, esse valor era de R$ 570 milhões.

A crise do setor, desencadeada a partir de 2014, refletiu-se na geração de empregos: desde o ápice de postos de trabalho, de 82 mil em dezembro de 2014, o país perdeu mais de 60 mil vagas. Em maio de 2022, eram cerca de 21 mil.