A produção de petróleo e gás natural do país ultrapassou os 5 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em julho, totalizando 5,156 milhões de boed, crescimento de 5,28% em relação ao mês anterior, segundo dados preliminares da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A produção de petróleo somou 3,956 milhões de barris por dia (bpd), alta de 5,34% na comparação com junho, enquanto a produção de gás natural avançou 5,08%,para 190,7 mil metros cúbicos por dia (m3/d) no mês passado.
O pré-sal correspondeu a 79,06% da produção total do Brasil e ultrapassou os 4 milhões de boed, totalizando 4,076 milhões de boed, alta de 5,61% em relação a junho.
Se considerado apenas o petróleo produzido no pré-sal, a produção somou 3,147 milhões de bpd, e a de gás natural subiu 5,63%, para 147,6 mil m3/d.
O óleo e o gás do pré-sal foram extraídos de 169 poços. O campo mais produtivo é o de Tupi (ex-Lula), na Bacia de Santos. De lá saíram praticamente 800 ml barris por dia de petróleo.
Em termos individuais, a plataforma que mais contribuiu para o recorde do mês foi a plataforma FPSO Guanabara, na jazida compartilhada de Mero, também na Bacia de Santos, com 184,3 mil barris de petróleo diários.
Origem da produção
De todo o petróleo produzido no Brasil em julho, 97,7% vêm de campos offshore. Em relação ao gás natural, 86,1% vêm de campos marítimos.
A Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, é responsável por 89,78% do total de óleo e gás produzidos.
O Rio de Janeiro é o principal estado produtor, com 88% do petróleo nacional e 77% do gás natural.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que representa empresas do setor, o Brasil é o 8º maior produtor de petróleo no mundo. Os cinco primeiros — EUA, Rússia, Arábia Saudita, Canadá e Irã — são responsáveis por metade da produção mundial.
A ANP explica que as variações no volume extraído são causadas por fatores como paradas programadas de plataformas para manutenção, entrada em operação de poços ou parada para manutenção ou limpeza, início de instalação de plataformas, entre outros.
Queima de gás
Em termos de aproveitamento de gás, a ANP informa que atingiu a marca de 97,1%, ou seja, menos de 3% do gás proveniente dos poços é queimado na atmosfera.
A maior parte (54%) é reinjetada nos poços, 33% são disponibilizados ao mercado e 10% são utilizados como fonte de energia pelas próprias plataformas.
Com informações da Agência Brasil.
Atualizado para incluir a origem da produção e a queima do gás.