Petróleo e Gás

PetroReconcavo compra Maha Energy por US$ 138 milhões

Receita líquida da Maha Brasil nos primeiros nove meses de 2022 foi de US$ 62 milhões e acumula US$ 78 milhões nos últimos 12 meses

PetroReconcavo compra Maha Energy por US$ 138 milhões. Na imagem: Operação da PetroRecôncavo no Polo Miranga, na Bahia; Trabalhador, com equipamentos de segurança, observa a planta, do alto, e encostado em parapeito amarelo (Foto: Cortesia PetroRecôncavo)
Operação da PetroRecôncavo no Polo Miranga, na Bahia (Foto: Cortesia PetroRecôncavo)

A PetroReconcavo anunciou nesta quarta-feira (28/12) que fechou por US$ 138 milhões a aquisição da Maha Energy Brasil, que opera os campos terrestres de Tartaruga (Sergipe) e Tiê (Recôncavo) e quatro blocos exploratórios para petróleo e gás no país.

O preço da aquisição será pago em duas parcelas, sendo a primeira de 60% do preço de aquisição na data do fechamento e o restante, 40% do valor total, em seis meses após o fechamento.

A receita líquida da Maha Brasil nos primeiros nove meses de 2022 foi de US$ 62 milhões e acumula US$ 78 milhões nos últimos 12 meses.

O Ebitda, que mede a geração de caixa operacional, dos últimos quatro trimestres reportados foi de aproximadamente US$ 62 milhões.

Tartaruga produziu 253 barris de óleo equivalente por dia em novembro de 2022, sendo 234 barris de petróleo por dia e 3,05 Mm³/dia de gás natural.

Tiê produziu 2.299 barris de óleo equivalente por dia em novembro de 2022, sendo 2.028 barris de petróleo por dia e 43,09 mil m³/dia de gás natural.

“A conclusão da Operação está sujeita ao cumprimento de condições suspensivas usuais neste tipo de operação, previstas no QPA, incluindo a obtenção de aprovação junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade),  conforme exigido pela legislação vigente e, ainda, a aprovação pelos acionistas da Companhia em sede de Assembleia Geral Extraordinária (“AGE”), nos termos do artigo 256 da Lei das S.A., a qual será oportunamente convocada na forma da legislação aplicável e do Estatuto Social da Companhia”, informou a PetroReconcavo.

Consolidação onshore

A PetroReconcavo acredita que o mercado brasileiro de campos maduros onshore passará por uma consolidação e está atenta a oportunidades de aquisições de ativos de operadores privados, fora do programa de desinvestimentos da Petrobras — a base de sustentação da expansão da companhia nos últimos anos.

O presidente da PetroReconcavo, Marcelo Magalhães, afirmou, em agosto, que a empresa estava estruturando uma equipe interna dedicada a monitorar as oportunidades de mercado.

“Naturalmente haverá alguma consolidação, há alguns pequenos produtores com quem podemos agregar valor”, comentou, durante teleconferência com investidores.

O foco da petroleira, segundo ele, continuará sendo a busca de ativos maduros em terra no Brasil, mas a empresa não descarta entrar na produção offshore, em águas rasas, ou eventualmente buscar oportunidades no exterior.

“Para além do nosso core business [campos maduros onshore], seja em águas rasas, seja em ativos fora do Brasil, temos uma visão mais oportunística. Se em algum momento entendermos que se trata de uma oportunidade, que devemos ir além do nosso core business, estamos nos preparando para isso”, disse o executivo.

Pioneira nas aquisições

A PetroReconcavo foi a primeira empresa a comprar campos maduros ofertados pela Petrobras. Em abril de 2019, a empresa arrematou os 34 campos do Polo Riacho da Forquilha na Bacia Potiguar.

Em dezembro de 2020 arremata os 12 campos que fazem parte do Polo Remanso

Na oferta permanente da ANP, também em dezembro do ano passado, leva o bloco exploratório POT-T-702.

Em 2021, a SPE Miranga, controlada pela PetroReconcavo, fechou a compra dos nove campos terrestres que fazem parte do Polo Miranga, na Bahia, por US$ 220,1 milhões.

Reveja a íntegra da participação do CEO da PetroReconcavo, Marcelo Magalhães, na abertura da gas week 2022