Tensões globais

Petróleo tem forte queda de 4% e toca mínimas em até 5 meses, após Trump ameaçar tarifa à China

Investidores foram influenciados por acordo de cessar-fogo em Gaza; Brent cai 4,24%, a US$ 58,90 o barril

Donald Trump discursa antes de assinar decreto que cria força-tarefa para os Jogos Olímpicos de Los Angeles de 2028, no Auditório South Court, na Casa Branca, em 5 de agosto de 2025 (Foto Joyce N. Boghosian/Oficial Casa Branca)
Donald Trump discursa antes de assinar decreto que cria força-tarefa para as Olimpíadas de Los Angeles de 2028 (Foto Joyce N. Boghosian/Oficial Casa Branca)

O petróleo fechou em forte queda nesta sexta-feira (10/10), acelerando perdas depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou elevar as tarifas contra a China. A commodity já apresentava baixa de cerca de 2% pela manhã, com a confirmação de Israel de que o acordo de cessar-fogo em Gaza havia entrado em vigor.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para dezembro recuou 3,82% (US$ 2,49), a US$ 62,73 o barril, enquanto o petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex, fechou em baixa de 4,24% (US$ 2,61), a US$ 58,90 o barril.

Na semana, o WTI e Brent cederam 3,25% e 2,78%, respectivamente.

Com a forte a deterioração do sentimento de risco dos mercados, os contratos do petróleo atingiram os menores níveis entre 4 e 5 meses.

De acordo com o presidente dos EUA, o governo “está calculando um grande aumento das tarifas sobre produtos da China”, em resposta ao que classificou como um movimento “hostil” de Pequim para restringir exportações de terras raras.

Sobre o Oriente Médio, o republicano planeja realizar uma cúpula de líderes mundiais sobre a situação em Gaza durante sua visita ao Egito na próxima semana, segundo a Axios.

“É um golpe triplo hoje para o petróleo”, diz Rebecca Babin, da CIBC Private Wealth US. O reacendimento das tensões tarifárias prejudicará a demanda, o cessar-fogo em Gaza levou a uma redução do risco geopolítico, e os investidores ainda têm espaço para aumentar suas posições vendidas, diz ela.

Embora um fluxo regular de manchetes da Rússia/Ucrânia esteja incentivando a entrada e saída de capital especulativo nos mercados de petróleo até o final deste mês, a Ritterbusch também observa uma deterioração nos balanços globais da commodity.

Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires

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