Negociações pela paz

Petróleo sobe 1% no aguardo do resultado das reuniões entre Trump, Zelensky e UE

Barril vai a US$ 66,60 com mercado atento ao encontro de Trump e Zelensky em Washington, além de sinais de cessar-fogo no Oriente Médio.

Donald Trump recebe o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, no Salão Oval da Casa Branca, em 28/2/2025 (Foto Oficial Casa Branca)
Donald Trump recebe o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, na Casa Branca, em 28 de fevereiro de 2025 (Foto Oficial Casa Branca)

Em sessão volátil, os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (18/8), com a atenção voltada para o encontro do presidente dos EUA, Donald Trump, com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e outros líderes europeus para discutir o fim da guerra na Ucrânia.

Investidores também acompanharam os desdobramentos no Oriente Médio.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para outubro avançou 1,13% (US$ 0,75), a US$ 66,60 o barril, enquanto o petróleo WTI para mesmo mês, negociado na Nymex, fechou em alta de 1,16% (US$ 0,72), a US$ 62,70 o barril.

Nesta segunda-feira (18), Trump, em encontro bilateral com Zelensky, afirmou que, se tudo correr bem com o líder da Ucrânia, “teremos uma reunião trilateral” entre os dois e o presidente russo, Vladimir Putin. O ucraniano respondeu que está “pronto” para uma reunião. Trump ainda se encontrará com líderes europeus nesta segunda.

As negociações entre os EUA e a Rússia na sexta-feira (15/8) foram descritas como produtivas, mas não resultaram em nenhum acordo, mantendo a retórica recente sobre sanções em segundo plano, em vez de em primeiro plano, afirma a Gelber & Associates.

“Os traders esperavam clareza sobre possíveis medidas secundárias que poderiam afetar o fluxo de petróleo bruto russo”, acrescenta.

Ainda no quesito de tarifas, o conselheiro do presidente dos EUA, Peter Navarro, criticou a Índia por comprar petróleo russo, em artigo publicado no Financial Times.

Trump disse no fim de semana que iria adiar tarifas secundárias sobre a China pela compra de petróleo da Rússia, enquanto os fundamentos pessimistas da commodity devem impulsionar os preços no futuro, diz o ING.

Agora, analistas devem esperar o resultado das reuniões desta segunda na Casa Branca e novos desdobramentos, enfatiza o banco holandês.

No Oriente Médio, o Hamas aceitou nesta segunda (18/8) um acordo de cessar-fogo e troca de reféns com Israel e o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã declarou que a próxima rodada de negociações deve ocorrer nos próximos dias com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Por Thais Porsch. Com informações da Dow Jones Newswires.

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