Em sessão volátil, os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (18/8), com a atenção voltada para o encontro do presidente dos EUA, Donald Trump, com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e outros líderes europeus para discutir o fim da guerra na Ucrânia.
Investidores também acompanharam os desdobramentos no Oriente Médio.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para outubro avançou 1,13% (US$ 0,75), a US$ 66,60 o barril, enquanto o petróleo WTI para mesmo mês, negociado na Nymex, fechou em alta de 1,16% (US$ 0,72), a US$ 62,70 o barril.
Nesta segunda-feira (18), Trump, em encontro bilateral com Zelensky, afirmou que, se tudo correr bem com o líder da Ucrânia, “teremos uma reunião trilateral” entre os dois e o presidente russo, Vladimir Putin. O ucraniano respondeu que está “pronto” para uma reunião. Trump ainda se encontrará com líderes europeus nesta segunda.
As negociações entre os EUA e a Rússia na sexta-feira (15/8) foram descritas como produtivas, mas não resultaram em nenhum acordo, mantendo a retórica recente sobre sanções em segundo plano, em vez de em primeiro plano, afirma a Gelber & Associates.
“Os traders esperavam clareza sobre possíveis medidas secundárias que poderiam afetar o fluxo de petróleo bruto russo”, acrescenta.
Ainda no quesito de tarifas, o conselheiro do presidente dos EUA, Peter Navarro, criticou a Índia por comprar petróleo russo, em artigo publicado no Financial Times.
Trump disse no fim de semana que iria adiar tarifas secundárias sobre a China pela compra de petróleo da Rússia, enquanto os fundamentos pessimistas da commodity devem impulsionar os preços no futuro, diz o ING.
Agora, analistas devem esperar o resultado das reuniões desta segunda na Casa Branca e novos desdobramentos, enfatiza o banco holandês.
No Oriente Médio, o Hamas aceitou nesta segunda (18/8) um acordo de cessar-fogo e troca de reféns com Israel e o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã declarou que a próxima rodada de negociações deve ocorrer nos próximos dias com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Por Thais Porsch. Com informações da Dow Jones Newswires.