O petróleo caiu nesta segunda-feira (15/12), dando continuidade para as perdas da semana passada, com investidores de olho em avanços nas discussões sobre a guerra na Ucrânia e a perspectiva de excesso de oferta para 2026.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro caiu 0,91% (US$ 0,56), a US$ 60,56 o barril, enquanto o petróleo WTI para janeiro, negociado na Nymex, fechou com queda de 1,08% (US$ 0,62), a US$ 56,82 o barril.
Sinais de avanço nas negociações do Leste Europeu pesaram sobre o petróleo nesta sessão.
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, manifestou no domingo (14/12) sua disposição de abandonar a tentativa de seu país de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em troca de garantias de segurança ocidentais, mas rejeitou a pressão dos EUA para ceder território à Rússia.
Além dos esforços de paz entre Rússia e Ucrânia, preocupações com o excesso de oferta pressionam os preços da commodity, diz a Sparta Commodities.
O preço oficial de venda da Arábia Saudita, no nível mais baixo em cinco anos, e a decisão da Opep+ de pausar os aumentos de produção no primeiro trimestre de 2026 “são indicadores bastante convincentes de que os principais players do cartel entendem o tamanho do potencial problema de equilíbrio que surgiu e deve continuar no próximo ano”, acrescenta.
Segundo a chefe de Relações Exteriores e Segurança da União Europeia (UE), Kaja Kallas, esta semana será “diplomaticamente intensa” e o bloco decidirá ainda hoje sobre a frota clandestina da Rússia, possivelmente privando Moscou dos meios para financiar a guerra.
Já nas tensões entre EUA e Venezuela, a estatal Petróleos de Venezuela S.A. afirmou hoje que foi alvo de um ciberataque para interromper suas operações. Ainda de acordo com o The New York Times, o petroleiro apreendido na costa da Venezuela semana passada fazia parte do esforço do governo de Nicolás Maduro para apoiar Cuba.
Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires
