Tensões globais

Petróleo fecha em queda, pressionado por prolongamento de tensões entre EUA-China

Investidores foram influenciados por preocupação com excesso de oferta; Brent caiu 0,77%, a US$ 61,91 o barril

Donald Trump discursa antes de assinar decreto que cria força-tarefa para os Jogos Olímpicos de Los Angeles de 2028, no Auditório South Court, na Casa Branca, em 5 de agosto de 2025 (Foto Joyce N. Boghosian/Oficial Casa Branca)
Donald Trump discursa antes de assinar decreto que cria força-tarefa para as Olimpíadas de Los Angeles de 2028 (Foto Joyce N. Boghosian/Oficial Casa Branca)

O petróleo fechou em queda nesta quarta-feira (15/10), enquanto as tensões entre EUAChina se estendem, apesar das expectativas para o encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo chinês, Xi Jinping. Os preços da commodity também são pressionados por preocupações de excesso de oferta.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para dezembro recuou 0,77% (US$ 0,48), a US$ 61,91 o barril, enquanto o petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex, fechou em queda de 0,73% (US$ 0,43), a US$ 58,27 o barril. 

Nesta quarta, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as negociações sino-americanas sobre comércio continuam e que ainda espera um encontro entre Trump e Xi no fim de outubro, na Coreia do Sul. No entanto, em evento, ele não descartou a possibilidade de Washington usar “muitas medidas” contra Pequim, elevando as tensões entre os dois países.

Para o Ritterbusch, a menos que haja um grande avanço nas discussões entre as duas principais potências econômicas do mundo nas próximas semanas, o cenário aponta para que o WTI seja movido para uma nova faixa de negociação mais baixa, limitada por cerca de US$ 55 na baixa e US$ 61,50 na alta. “No geral, prevemos algumas grandes oscilações de preço à frente”, acrescenta.

Apesar do cessar-fogo alcançado em Gaza, o mercado ainda mantém as atenções voltadas para o Oriente Médio, com incertezas sobre a paz na região. Nesta quarta, o Exército israelense informou que um dos corpos entregues pelo Hamas na véspera, como parte da negociação, não é de um dos reféns. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu que o grupo cumpra os termos acordados.

A renovação do tom agressivo de Bessent contra a China sobre a compra de petróleo russo pelo país deu certo suporte para os preços do óleo durante a sessão, assim como o anúncio do Reino Unido de novas sanções contra Moscou.

Ainda no radar de notícias, na Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), Arábia Saudita e a Rússia, os dois principais produtores do grupo, têm enfrentado tensões sobre a política de produção de petróleo.

Por Isabella Pugliese Vellani, com informações da Dow Jones Newswires

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias