Volatilidade

Petróleo fecha em queda pressionado por preocupações com demanda e o aumento da oferta global

Os preços chegaram a subir no início da sessão, após o Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos suspender as tarifas do presidente Donald Trump

FPSO P-76, operado pela Petrobras, iniciou produção no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, em fevereiro de 2019 (Foto Agência Petrobras)
FPSO P-76, operado pela Petrobras, iniciou produção no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, em fevereiro de 2019 (Foto Agência Petrobras)

Os contratos futuros de petróleo fecharam a quinta-feira (29/5) em queda, pressionados por preocupações com o aumento da oferta global.

Os preços chegaram a subir no início da sessão, após o Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos suspender as tarifas do presidente Donald Trump, e tiveram novo impulso no início da tarde, com a pesquisa semanal sobre os estoques de petróleo no país, mas permaneceram em terreno negativo.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para agosto recuou 1,51% (US$ 0,97), para US$ 63,35 o barril, enquanto o petróleo WTI para julho, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), caiu 1,46% (US$ 0,90), fechando a US$ 60,94 o barril.

O petróleo vem recuando em meio a expectativas sobre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Reunião ministerial da Opep e de países não pertencentes à Opep terminou com um acordo para manter as cotas até 2026.

A decisão ocorreu antes da reunião da Opep+ de sábado, na qual os oito países que fizeram cortes voluntários adicionais de produção devem decidir elevar a produção, embora o tamanho do aumento ainda não esteja definido.

“A decisão de aumentar a produção provavelmente continuará exercendo pressão de baixa sobre os preços do petróleo no médio prazo”, diz Kenny Zhu, da Global X. No entanto, “a demanda por petróleo tem se mantido relativamente sólida em relação às expectativas, o que pode ajudar a absorver parte do aumento de produção”.

Na manhã desta quinta-feira (29), relatório revisou para menor o Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2025.

Horas mais tarde, os contratos futuros de petróleo aceleraram queda para quase 2%, em meio à notícia de que o diretor da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), Fatih Birol, disse que a demanda por petróleo na China está “consideravelmente fraca”.

Do lado da oferta, os estoques de petróleo bruto nos EUA surpreenderam com uma queda de 2,795 milhões de barris na última semana, segundo dados divulgados hoje pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam queda de 600 mil barris.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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