Brent

Petróleo fecha em queda em meio a temores sobre possível aumento da oferta pela Opep+

Brent recua 1,35%, a US$ 61,29 o barril, pressionado por possível aumento da oferta da Opep+ e menor demanda chinesa

Exploração terrestre de petróleo e gás natural (Foto Pixabay)
Exploração terrestre de petróleo e gás natural (Foto Pixabay)

Os contratos futuros de petróleo fecharam a sexta-feira (2/1) em queda, em meio a notícias de que os principais países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) estão discutindo outro aumento de produção em junho. Além disso, os preços seguem pressionados pelo avanço da produção nos Estados Unidos e a demanda mais fraca na China.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho recuou 1,35% (US$ 0,84), para US$ 61,29 o barril, enquanto o petróleo WTI para junho, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), caiu 1,60% (US$ 0,95), fechando a US$ 58,29 o barril.

Na semana, o Brent e o WTI acumularam quedas de próximas de 7% e 8%, respectivamente.

A antecipação da reunião da Opep+ sinaliza uma crescente pressão de membros do grupo para reagir à queda dos preços e ao excesso de oferta da commodity, especialmente com a expectativa de que a Arábia Saudita defenda mais um aumento na produção.

Uma notícia da Bloomberg informou que as principais nações do cartel estão discutindo outro aumento de produção de aproximadamente 400 mil barris por dia em junho.

“Esperamos resistência por parte dos países membros da Opep+ à aparente proposta de aumento de produção, o que deixa os preços do petróleo em suspenso”, afirmam em nota os analistas do Citi.

De acordo com o banco, o Brent poderia se manter perto dos US$ 60 com uma aceleração adicional da produção de até 500 mil barris por dia, enquanto aumentos maiores ou o eventual fim das sanções ao Irã poderiam fazer o preço cair para cerca de US$ 50.

O “cenário otimista” do Citi para o Brent envolve a ausência de novos aumentos de produção, além de uma aplicação mais rigorosa das sanções ao petróleo iraniano.

Na quinta-feira (1), o presidente americano, Donald Trump, ameaçou cortar o acesso ao mercado americano de compradores de petróleo do Irã, uma advertência que mira Pequim, além do programa nuclear de Teerã. A China é o maior comprador remanescente de petróleo e derivados do Irã.

Embora a notícia de que a China possa retomar as negociações comerciais com os EUA tenha trazido algum otimismo, ela não foi suficiente para neutralizar o sentimento negativo no mercado de petróleo.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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