Tensões globais

Petróleo fecha em queda e estende perdas, com preocupação de excesso de oferta pela Opep+

Investidores foram influenciados por preocupação de excesso de oferta pela Opep+; Brent caiu 1,65%, a US$ 63,83 o barril

Logo da Opep na fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)
Fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)

O petróleo fechou em queda nesta terça-feira (28/10), estendendo perdas das últimas duas sessões, enquanto as preocupações de excesso de oferta da commodity pela Organização de Países Exportadores de petróleo e aliados (Opep+) se sobrepõem às tensões geopolíticas.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para janeiro recuou 1,65% (US$ 1,07), a US$ 63,83 o barril, enquanto o petróleo WTI para dezembro, negociado na Nymex, fechou em queda de 1,89% (US$ 1,16), a US$ 60,15 o barril. 

De acordo com relatos da mídia internacional, as preocupações com um excesso iminente de petróleo persistem e os membros da Opep+ devem se concentrar em um potencial aumento modesto na produção para dezembro em sua próxima reunião, que acontecerá no domingo.

O Commerzbank pondera que o aumento “moderado” na produção de petróleo pela organização, no entanto, deve ser amplamente precificado e é improvável que pese “significativamente” sobre os preços do óleo.

“O preço pode até se beneficiar, já que alguns participantes do mercado podem ter esperado um aumento maior na produção em vista da perda iminente do fornecimento de petróleo russo”, acrescenta.

Em análise, o Société Générale argumenta que os preços da commodity são pressionados pela perspectiva de que as sanções americanas contra as gigantes petrolíferas russas possam ser menos severas, justificando que a Rússia agora realiza a maioria de suas transações em rublos ou outras moedas “amigáveis”, assim como a disposição da Opep+ para aumentar a produção, se necessário.

No noticiário do petróleo, a russa Lukoil, alvo de sanções dos EUA, informou na noite da segunda-feira (28/10) que possui a intenção de vender seus ativos internacionais.

Na ponta geopolítica, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sinalizou um rompimento do cessar-fogo com o Hamas e ordenou o exército a realizar ataques “poderosos” em Gaza.

Por Isabella Pugliese Vellani, com informações da Dow Jones Newswires

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