O petróleo encerrou a sessão desta segunda-feira (29/9) em queda de mais de 3%, após relato de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) estaria preparada para ampliar a oferta e também depois uma proposta norte-americana para cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para dezembro perdeu 3,08% (US$ 2,13), a US$ 67,09 o barril, enquanto o petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex, fechou em queda de 3,45% (US$ 2,27), a US$ 63,45 o barril.
O mercado de energia operou sob temores de desequilíbrio no mercado do petróleo, segundo analistas, após reportagem da Reuters revelar que a Opep+ planeja elevar sua produção em novembro.
Também pressionando a relação entre oferta e demanda da commodity, o Iraque retomou as operações de exportação do petróleo curdo via Turquia.
Além disso, a Casa Branca divulgou, no período da tarde, um plano para acabar com a guerra em Gaza, após uma conversa por telefone entre o presidente dos EUA, Donald Trump, os líderes de Israel e do Catar.
Pesaram ainda preocupações com a demanda nos EUA, frente à possível paralisação das atividades do governo federal, caso o Congresso não entre em acordo sobre o orçamento.
Conhecida como shutdown, a paralisação pode fechar agências federais e gerar demissões em massa no governo Trump.
As incertezas geopolíticas continuam a afetar o sentimento do mercado e podem voltar a alterar dinâmicas nos preços do petróleo, na visão da Ritterbusch and Associates.
No fim de semana, invasões de drones no espaço aéreo da Dinamarca levantaram suspeita sobre a Rússia, que negou a responsabilidade. Além disso, a União Europeia confirmou a reimposição de sanções contra o Irã, que incluem embargos à importação de petróleo.
Por Letícia Araújo, com informações da Dow Jones Newswires