Tensões globais

Petróleo fecha em queda com projeções de Opep e AIE, após três sessões seguidas de ganhos

Investidores acompanham projeção de superávit na oferta da Opep e da AIE; Brent cai 1,65%, a US$ 66,37 o barril

Logo da Opep na fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)
Fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (11/9), em ajuste após três sessões consecutivas de ganhos, apesar da persistência de tensões geopolíticas.

Investidores digeriram o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que manteve projeções para a produção global, e da Agência Internacional de Energia (AIE), que prevê superávit na oferta.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para novembro recuou 1,65% (US$ 1,12), a US$ 66,37 o barril, enquanto o petróleo WTI para outubro, negociado na Nymex, fechou em queda de 2,04% (US$ 1,30), a US$ 62,37 o barril.

A Opep reafirmou sua previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano, em 1,3 milhão de barris por dia (bpd). Se confirmada a projeção, o consumo global somaria 105,14 milhões de bpd em 2025, segundo relatório mensal divulgado nesta quinta.

Já segundo a AIE, os mercados globais de petróleo deverão apresentar superávit ainda maior do que se calculava anteriormente em 2025, à medida que a oferta segue avançando em ritmo bem mais rápido do que a demanda.

Os futuros da commodity estão agora sob pressão devido às preocupações com o enfraquecimento da demanda nos EUA, bem como os temores de um excedente global iminente, afirmaram os analistas da corretora de petróleo PVM.

“O aumento das tensões geopolíticas em regiões produtoras de petróleo, como o Oriente Médio ou a Rússia, tende a elevar os preços devido ao receio de que o abastecimento possa ser interrompido. No entanto, quando a interrupção não se concretiza, as posições de hedge são encerradas e os preços normalmente recuam para os níveis anteriores”, acrescentaram.

O mercado permanece atento também aos últimos comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre possíveis medidas punitivas contra a Rússia, enquanto a União Europeia prometeu aumentar as sanções após drones russos terem entrado no espaço aéreo polonês, disse o MUFG.

Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires

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