Tensões globais

Petróleo fecha em queda com preocupação sobre excesso de oferta

Investidores foram influenciados por possível excesso de oferta da commodity; Brent caiu 0,46%, a US$ 61,01 o barril

Donald Trump se reúne com Vladimir Putin para negociar a paz na Ucrânia, na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, no Alasca, em 15 de agosto de 2025 (Foto Daniel Torok/Oficial Casa Branca)
Donald Trump se reúne com Vladimir Putin, no Alasca, para negociar a paz na Ucrânia, em 15 de agosto de 2025 (Foto Daniel Torok/Oficial Casa Branca)

O petróleo fechou em queda nesta segunda-feira (20/10) enquanto investidores ponderam um possível excesso de oferta da commodity. No radar de negociações do óleo, o mercado também acompanha os desdobramentos de tensões geopolíticas no Oriente Médio e no Leste Europeu, bem como a relação comercial entre EUA e China.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para dezembro recuou 0,46% (US$ 0,28), a US$ 61,01 o barril, enquanto o petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex, fechou em queda de 0,23% (US$ 0,13), a US$ 57,02 o barril.

Para a corretora Forex.com, da StoneX, as fracas projeções de crescimento e a transição energética em curso na China e na União Europeia (UE) prejudicam as perspectivas mais amplas para o petróleo bruto, já “agravadas” pelas tensões tarifárias entre EUA e China.

“Os preços do petróleo bruto estão registrando outra queda em direção às mínimas anuais em meio ao excesso de oferta, à fraca demanda e às preocupações com tarifas”, explica.

Nesta segunda, o presidente dos EUA, Donald Trump, ressaltou que a China pode pagar tarifas de 155%, se não alcançar um acordo comercial até 1º de novembro, data do prazo limite.

Apesar da ameaça, o republicano projetou um entendimento com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e elogiou o comportamento do líder nas negociações comerciais nos últimos meses.

Na ponta geopolítica, expectativas para um encontro entre Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, seguem no radar. O presidente americano voltou a defender os esforços de seu governo para mediar um cessar-fogo.

Ainda sobre tensões, no Oriente Médio, o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, chegou em Israel para reforçar o frágil cessar-fogo que está em vigor em Gaza.

Por Isabella Pugliese Vellani, com informações da Dow Jones Newswires

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