Barril recua

Petróleo fecha em queda, com incerteza por demanda em meio a sanções à Rússia e tarifas

Brent recua 0,10%, a US$ 69,21, com mercado avaliando impacto limitado de novas sanções da UE e ameaças tarifárias dos EUA sobre o setor

FPSO Peregrino para exploração offshore de petróleo e gás na Bacia de Campos (Foto Divulgação)
FPSO Peregrino para exploração offshore de petróleo e gás na Bacia de Campos (Foto Divulgação)

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (21/7), enquanto investidores digerem uma nova rodada de sanções ao setor de energia da Rússia e avaliam uma possível redução de demanda da commodity.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para setembro cedeu 0,10% (US$ 0,07), a US$ 69,21 o barril, enquanto o petróleo WTI para o mesmo mês, negociado na Nymex, recuou de 0,15% (US$ 0,10), a US$ 65,95 o barril.

Hoje, o governo do Reino Unido anunciou a imposição de 137 novas sanções contra setores estratégicos da energia e do petróleo da Rússia, em um movimento para minar o financiamento da guerra na Ucrânia.

Em análise, a Phillip Nova avalia que os preços do petróleo provavelmente permanecerão “dentro de uma faixa limitada” e perto da estabilidade, a menos que haja “fatores concretos”.

“Os mercados tentam decifrar as implicações das novas sanções da União Europeia (UE) ao petróleo russo”, avalia, em referência ao pacote aprovado pelo bloco na última sexta-feira.

Para o ING, “a falta de reação” demonstra que o mercado não está “convencido da eficácia dessas sanções”.

“A parte do pacote que provavelmente terá o maior impacto no mercado é a imposição, pela UE, de uma proibição de importação de produtos refinados processados a partir do petróleo russo em países terceiros”, afirma.

Ainda para a Phillip Nova as ameaças de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, podem prejudicar a demanda por combustível no futuro.

Em entrevista, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou que não irá se apressar para firmar acordos comerciais, já que “a qualidade é mais importante do que o ‘momento certo'”.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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