Petróleo cai na semana

Petróleo fecha em queda com incerteza comercial e volta de extração pela Chevron na Venezuela

Brent recua 1,02%, a US$ 67,66 o barril, com foco nas incertezas sobre acordo EUA-UE e volta da Chevron à Venezuela

Donald Trump discursa durante recepção a congressistas republicanos, na Sala Leste da Casa Branca, em 22 de julho de 2025 (Foto Joyce N. Boghosian/Oficial Casa Branca)
Donald Trump discursa durante recepção a congressistas republicanos, em 22 de julho de 2025 (Foto Joyce N. Boghosian/Oficial Casa Branca)

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (25/7), revertendo os ganhos da madrugada e caminhando para encerrar a semana em baixa.

O mercado ainda assimila as incertezas em torno de um possível acordo comercial entre EUA e UE, além do impacto limitado da autorização para a Chevron retomar a extração de petróleo na Venezuela.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para outubro teve queda de 1,02% (US$ 0,70), a US$ 67,66 o barril, enquanto o petróleo WTI para setembro, negociado na Nymex, recuou 1,32% (US$ 0,87), a US$ 65,16 o barril. Na semana, o Brent caiu 2,34% e o WTI perdeu 1,35%.

Após comentários do presidente Donald Trump sugerindo uma chance de avanço nas negociações com a UE, o ING destaca que “parece que as conversas com a UE estão se movendo na direção certa” e que eventuais acordos podem “reduzir incertezas e aliviar parte das preocupações com a demanda que pairam sobre o mercado”.

Ao mesmo tempo, a decisão do governo Trump de autorizar a Chevron a voltar a operar na Venezuela reaqueceu projeções de aumento de oferta de petróleo pesado no mercado americano.

De acordo com o ING, a medida pode resultar em um incremento superior a 200 mil barris por dia nas exportações venezuelanas.

Para Alex Hodes, da StoneX, a liberação “poderia trazer cerca de 250 mil barris por dia de petróleo pesado para os EUA, em vez de ir para compradores asiáticos”, o que ajudaria a aliviar restrições na oferta de destilados.

Ainda assim, analistas veem dificuldade para uma retomada mais firme nos preços. Segundo o Commerzbank, o petróleo tem oscilado em uma faixa estreita “desde o início de julho” e deve seguir pressionado nas próximas semanas com o enfraquecimento da demanda sazonal.

“Os analistas continuam esperando um excesso significativo de oferta no outono”, destaca a consultoria.

Até o final do ano, o Commerzbank projeta o Brent a US$ 65 por barril e o WTI a US$ 62. Na visão da instituição, porém, o preço do óleo deve voltar a subir no fim do primeiro trimestre do ano que vem, com o valor por barril do Brent e do WTI avançando a US$ 70 e a US$ 67, respectivamente, ao término de março de 2026.

Por Pedro Lima. Com informações da Dow Jones Newswires

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão/Broadcast.

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