Tensões globais

Petróleo fecha em queda, com fragilidade de negociações sobre Ucrânia e de olho em Opep+

Investidores foram influenciados por espera por reunião da Opep+ no domingo; Brent caiu 0,78%, a US$ 62,38 o barril

Logo da Opep na fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)
Fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)

O petróleo caiu nesta sexta-feira (28/11), conforme o mercado de energia se posiciona em espera por reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no domingo (30/11) e de olho nos desdobramentos das negociações para o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.

A sessão teve liquidez reduzida devido ao feriado da quinta-feira (27/11) nos EUA e também foi marcado, mais cedo, por uma paralisação técnica no CME que afetou negociações do WTI.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro encerrou o dia com recuo de 0,78% (US$ 0,49), a US$ 62,38 o barril, enquanto o petróleo WTI para janeiro, negociado na Nymex, fechou em queda de 0,17% (US$ 0,10), a US$ 58,55 o barril.

Na semana, o WTI subiu 0,84%, enquanto o Brent caiu 0,29%. No mês, as perdas foram de 3,99% e de 3,83%, respectivamente.

Os preços começaram o dia em alta, fortalecida após a normalização das plataformas do CME Group, que ficaram paralisadas por horas devido a uma falha no sistema de refrigeração de um data center, interrompendo negociações de diversas commodities, inclusive o WTI.

Contudo, passaram a operar voláteis no início da tarde e perderam força na reta final da sessão, conforme investidores se posicionavam em compasso de espera por encontro da Opep+, que poderá dar novos sinais sobre o futuro da oferta global.

Segundo a Reuters, o cartel deve manter sua política de produção inalterada no primeiro trimestre de 2026 na reunião de domingo, segundo delegados citados pela Reuters.

Analistas do Barclays avaliam que o potencial de queda dos preços é limitado, observando que mesmo um avanço diplomático no conflito Rússia-Ucrânia não resultaria em aumento relevante da oferta russa no curto prazo, dado o desempenho abaixo das metas da Opep+ neste ano.

Por Pedro Lima, com informações da Dow Jones Newswires

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