Tensões globais

Petróleo fecha em queda com avanços para acordo na Ucrânia e temores de excesso de oferta

Investidores foram influenciados por relatos de que a Ucrânia teria concordado com termos centrais de um possível acordo de paz com a Rússia; Brent caiu 1,46%, a US$ 61,8 o barril

Petróleo fecha em queda com avanços para acordo na Ucrânia e temores de excesso de oferta

O petróleo caiu quase 2% nesta terça-feira (25/11), pressionado por relatos de que a Ucrânia teria concordado com termos centrais de um possível acordo de paz com a Rússia e sinais de que Moscou está ampliando o fluxo de exportações para a China, o que reforça a percepção de excesso de oferta no curto prazo.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro recuou 1,46% (US$ 0,92), a US$ 61,80, enquanto o petróleo WTI para janeiro, negociado na Nymex, fechou em queda de 1,51% (US$ 0,89), a US$ 57,95 o barril. 

Um funcionário dos Estados Unidos disse nesta terça que uma delegação ucraniana concordou com os termos de um possível acordo de paz com Washington, segundo a ABC News, e secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que houve progresso considerável rumo a um acordo, mas que existem alguns “detalhes delicados” que ainda precisam ser resolvidos.

Mesmo em meio aos esforços de paz norte-americanos, a Rússia lançou uma série de ataques contra a capital ucraniana neste madrugada, atingindo prédios residenciais e infraestrutura energética.

Um possível acordo poderia resultar no levantamento das sanções dos EUA sobre as empresas petrolíferas russas e aliviar os temores de interrupções no fornecimento na região, diz o Commerzbank.

Ainda no radar, a Rússia vem discutindo formas de expandir as exportações de petróleo para a China, afirmou o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, o que aumenta preocupações de excesso de oferta de investidores.

O preço médio do Brent em 2027 deverá ser de US$ 57, embora possa cair para a faixa dos US$ 30, a menos que sejam implementados cortes na produção, dizem analistas do JPMorgan.

Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires

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