O petróleo abriu o dia em alta nesta sexta-feira (14/2), mas passou a cair no fim da manhã, com avanço nas conversas entre Ucrânia e Rússia por um acordo que encerre a guerra. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou ter tido um “bom encontro” com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o enviado especial do país, Keith Kellogg.
A reunião ocorreu na Alemanha, durante a Conferência de Segurança de Munique. A queda foi acelerada por notícia de que juiz ordenou ao governo Trump que descongele ajuda externa.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para abril caiu 0,37% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 74,74 o barril, enquanto o petróleo WTI para março, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 0,77%, a US$ 70,74 o barril.
O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, disse na quinta-feira (13) que o país atingiria Moscou com sanções e potencialmente ações militares se o presidente russo Vladimir Putin não concordasse com um acordo de paz com a Ucrânia que garantisse a independência de Kiev no longo prazo.
Vance também acusou o Wall Street Journal de distorcer suas declarações sobre o possível envio de tropas americanas para a Ucrânia, caso a Rússia não aceitasse negociar o fim do conflito. “Essa guerra é entre a Rússia e a Ucrânia”, disse ele
O mercado também monitora notícia de que o governo de Donald Trump vai conceder sua primeira aprovação para um projeto de exportação de gás natural liquefeito (GNL), revertendo suspensão da gestão Biden. Por Taís Fuoco, especial para a Agência Estado
IEA revisa demanda global
Enquanto isso, a IEA elevou levemente sua projeção para o avanço da demanda global por petróleo este ano e disse que a melhora de cumprimento de cotas de produção entre integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) está reduzindo um esperado superávit no mercado.
Em relatório publicado nesta quinta-feira (13/2), a organização com sede em Paris elevou sua projeção para o crescimento da demanda global por petróleo em 2025, estimando um avanço de 1,1 milhão de barris por dia (bpd), ante previsão anterior de 1,05 milhão de bpd. Com isso, o consumo global deve alcançar 104 milhões de bpd neste ano.
A revisão da IEA segue abaixo da projeção da Opep+, que estima um aumento de 1,4 milhão de bpd na demanda. Para 2024, a agência reduziu sua estimativa de crescimento de 940 mil bpd para 870 mil bpd.
O relatório também apontou que a oferta global recuou 950 mil bpd em janeiro, refletindo cortes na produção da Opep+, queda na produção da Líbia e Nigéria e impactos climáticos na América do Norte. A produção do grupo Opep+ diminuiu 280 mil bpd no mês, enquanto os 12 países da Opep cortaram 480 mil bpd.
Com esses ajustes, a IEA reduziu em 100 mil bpd sua previsão para o aumento da oferta fora da Opep+ em 2025, projetando crescimento de 1,4 milhão de bpd. A estimativa para a oferta total do ano caiu para 104,5 milhões de bpd.
Com informações da Dow Jones Newswires